Retrospectiva: Crimes chocantes e execuções múltiplas na fronteira marcaram 2021

Polícia faz perícia em paradão em que criança foi encontra morta, em Dourados (Foto: Reprodução/Dourados News)
Polícia faz perícia em paradão em que criança foi encontra morta, em Dourados (Foto: Reprodução/Dourados News)

Em 2021, o jornal O Estado Online e o repórter Itamar Buzzatta acompanharam diariamente os casos policiais em Mato Grosso do Sul. Execuções na fronteira e feminicídios bárbaros foram algumas das notícias que chocaram a população.

Nos primeiros dias no ano, um dos principais pistoleiros da facção PCC (Primeiro Comando da Capital), Jardel Ângelo Wink Soligo, 37, foi morto em um bairro periférico de Campo Grande, numa quinta-feira (31 de janeiro), em confronto com o Batalhão de Choque.

Segundo a polícia paraguaia, Ângelo era um dos narcotraficantes brasileiros mais procurados do país e pela Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal).

Foto: Divulgação/PM

Em partir abril, foram os feminicídios que chocaram o público. Em uma noite de sábado (10 de abril), a professora Thelma Ferreira Rabero, 44, foi morta a pauladas pelo ex-marido de 51 anos, em Sidrolândia.

O filho do casal, de 12 anos, assistiu a barbaridade e viu o pai fugindo com o carro da vítima. A polícia ainda investiga por onde anda o autor do crime.

Reprodução/Dourados Agora

Outro caso marcante foi o assassinato da ex-presidente do diretório do PSL (Partido Social Liberal), Fernanda Daniele de Paula Ribeiro dos Santos, 36, morta na última quarta-feira do mês de maio (29) e encontrada no dia seguinte às margens de uma estrada entre os municípios de Batayporã e Nova Andradina.

Dias depois, o advogado Alexandre França Pessoa, 42, se tornou réu na Justiça por homicídio triplamente qualificado e mais dois crimes. Porém, Alexandre foi solto e responde em liberdade, com tornozeleira eletrônica, desde outubro deste ano.

Reprodução/Dourados Agora

Chegou a repercurtir nacionalmente em junho de 2021 o caso de uma mãe, de 21 anos, presa na noite de terça-feira (22 de agosto) após ter matado um bebê de 5 meses afogada embaixo de um chuveiro que ficou 4h ligado, de acordo com os vizinhos. Veja o que a delegada da Deam ( Delegacia Especializado no Atendimento à Mulher), Fernanda Piovano, falou sobre o crime.

O Estado Play

Na noite de quarta-feira (7 de julho), um motorista de aplicativo foi esfaqueado nove vezes na Vila Moreninha III, em Campo Grande. Apontado como autor, um adolescente de 15 anos foi apreendido em flagrante pelo crime de latrocínio que, segundo o garoto, cometeu por não ter dinheiro para pagar a corrida.

No dia 9 do mês seguinte (agosto), houve um crime bárbaro numa Reserva Indígena de Dourados, onde uma menina, de 11 anos, sofreu estupro coletivo e foi jogada do alto de um paredão de pedra.

Dias depois, a polícia localizou os suspeitos, sendo três adolescentes e dois adultos. Um dos participantes do crime era tio da vítima, encontrado morto dentro de uma cela na tarde de quinta-feira (12 de agosto), segundo o delegado responsável pelas investigações, Erasmo Cubas.

Divulgação/PCMS

No dia 31 de outubro, em uma agitada noite de domingo, o jovem de 19 anos, Rhenan Matheus, morreu com um tiro no peito após um desentendimento em frente ao Parque das Nações Indígenas, nos Altos da Avenida Afonso Pena, enquanto curtia com os amigos em Campo Grande.

No último semestre ficou marcado crimes que até agora não foram solucionados. Como, por exemplo, a morte do pastor Valdenei Lopes de Sousa, 28, encontrado morto numa manhã de quinta-feira (26 de agosto), três dias após seu desaparecimento.  O delegado Titular da 5ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande, Gustavo Bueno, descartou a suspeita de suicídio.

Na primeira noite do mês de setembro (quarta-feira), Bruna Moraes Aquino, 22, foi atingida por dois tiros enquanto passeava com o namorado e morreu pouco antes de dar entrada no UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Universitário. Até agora, a polícia trabalha na investigação sigilosa para solucionar o caso e encontrar o autor dos disparos.

Fronteira

Ponta Porã concentrou 10,6% dos homicídios de Mato Grosso do Sul no ano de 2021, segundo reportagem especial da agência O Globo publicada em outubro. No último dia 19 de dezembro, quatro pessoas morreram e uma ficou ferida na fronteira. O último crime violento no município com a fronteira do Paraguai foi o assassinato de uma mulher grávida de 7 meses, de gêmeas, na noite desta sexta-feira (24 de dezembro). Após ser baleada na cabeça, a vítima realizou o parto das duas crianças.

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