Lucas Abagge que fugiu da Penitenciaria Estadual de Dourados (PED) no último 3 de setembro e morto na tarde de ontem (10), após confronto com a polícia de Fátima do Sul, planejava matar a ex-companheira, informou os agentes do Setor de Investigações Gerais (SIG), na manhã de hoje (11).
De acordo com informações da delegada Maria Gabrielle Vanoni, que estava a frente do caso, disse que Abagge recebeu os policiais a tiros na casa onde foi encontrado. Segundo o delegado da SIG (Setor de Investigações Gerais) Erasmo Cubas, relatou que Abagge não fugiu de Mato Grosso do Sul, porque planejava matar a sua ex-companheira.
“Após a fuga do Lucas na Penitenciária Estadual (PED), as equipes da inteligência, com a Polícia Militar de Fátima do Sul, passamos a trabalhar na localização do suspeito. A Polícia Penal também colaborou com informações extremamente essenciais na localização do Lucas. As informações iniciais que recebemos é de que o Lucas teria fugido para o Paraguai, mas a Polícia Penal nos informou por contatos que ele realizou de dentro da cadeia, que ele poderia estar em Fátima do Sul”, comentou Erasmo Cubas, ao site Porã News,
De acordo com o Setor de Investigações (SIG), Abagge suspeitou que a sua ex-companheira teria denunciado a polícia, quando ele foi preso em Ponta Porã no dia 18 de junho, quando conduzia um veículo com a CNH vencida.
“Quando soubemos que Lucas estava no município, acionamos a polícia local e fomos até a residência, onde o suspeito se encontrava. No local, anunciamos que ele estaria preso, mas revidou a polícia com tiros, como esperávamos. A equipe policial precisava se defender, realizado, tiros em direção ao Lucas, que acabou sendo atingindo. Ele foi encaminhado com vida ao hospital, onde os médicos nos informou que acabou não resistindo aos ferimentos. Com ele, foi encontrado uma arma calibre 357 e um aparelho celular. O que temos em mãos é que Lucas queria vingança, por isso tinha planos de matar a ex-companheira”, disse Cubas ao site Porã News.
Luccas Abagge, 32 anos, foi preso no dia 18 de junho, tentando entrar no Brasil pela cidade de Ponta Porã, município localizado há 313 quilômetros de Campo Grande. De acordo com o site Bem Paraná, ele é filho de Beatriz Abagge, uma das condenadas pela morte do menino Evandro Ramos Caetano, em Guaratuba (PR) no início da década de 90.
Segundo o registro policial, Abagge estava conduzindo um veículo de modelo Celta, cor vermelha, quando trafegava pela Av. Tiradentes com os faróis apagados e conduzindo de forma suspeita, o que chamou atenção dos policiais.
Em abordagem ao veículo, Abagge apresentou documentos falsos em nome de Evandro Oliveira Ribeiro, onde os policiais ao chegarem no sistema descobriram que o nome apresentado era do garoto que foi brutalmente assassinado em 1992 e que Abagge estava foragido da justiça do Paraná, com um mandado de prisão em aberto.
Segundo informações policiais, Abagge foi condenado pelos crimes de homicídio hediondo e roubos, que segundo informações foi motivado por disputas no controle de tráfico de drogas e com fugas cinematográficas de repercussão nacional.
Em checagem aos seus documentos na Polícia, foi encontrado em nome de Abagge um mandado de 80 anos de condenação em aberto.
Caso Evandro
Evandro Ramos Caetano foi brutalmente assassinado em 1992, na cidade de Guaratuba, no litoral do Paraná. Poucos dias após o seu desaparecimento, o corpo do garoto foi encontrado sem as mãos, cabelos e vísceras. Uma das principais suspeitas da Polícia do Paraná é que o menino foi sacrificado num ritual satânico.
No mesmo ano, sete pessoas foram presas e confessaram que usaram o menino em um ritual macabro. Beatriz Abagge, mãe de Lucas, foi uma das condenadas pelo crime.
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