Filho de condenada por caso “Evandro, foge de penitenciária em MS

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Condenado a 86 anos de prisão pela justiça do Paraná e de Mato Grosso do Sul, Luccas Abagge de 32 anos, fugiu da penitenciária estadual de Dourados (PED), no sábado a noite (3). De acordo com a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitênciário (Agepen), ele ultilizou uma corda artesanal chamada de “Tereza” para escapar da unidade prisional, que é considerada de segurança máxima. Uma investigação foi aberta e o caso continua sendo apurado.

De acordo com o site Dourados News, Abagge fugiu da penitenciária por volta das 4h. Logo após a fuga, todos os órgãos de segurança foram informados sobre o caso, e estão desde de sábado realizando buscas e fiscalizações pela região de fronteira. Nos últimos anos, Abagge conseguiu escapar de três unidades penais no estado do Paraná.

Luccas foi preso em junho após tentar entrar no Paraguai junto com a esposa na cidade de Ponta Porã, quando policiais militares suspeitou de um veículo trafegando com os faroís apagados na Avenida Tiradentes, realizando abordagem do automóvel. No momento da prisão, ele ultilizava documentos falsos em nome de de Evandro Oliveira Ribeiro, onde os policiais ao chegarem no sistema descobriram que o nome apresentado era do garoto que foi brutalmente assassinado em 1992 e que Abagge estava foragido da justiça do Paraná, com um mandado de prisão em aberto.

Após a identificação, Abagge foi encaminhado para a 1ª Delegacia de Polícia de Ponta Porã. Segundo registro policial, foi necessário o uso de algemas para garantir a segurança dos policiais, devido a agressividade.

Em depoimento na delegacia, a esposa de Abagge diz desconhecer que o marido era procurado pela justiça e que o conhecia apenas por Evandro. Ela foi levada junto para delegacia, onde foi ouvida e depois liberada.

Após o flagrante, Luccas Abagge foi transferido para o presídio Ricardo Brandão, na cidade de Ponta Porã, e em seguida para a penitenciária estadual de Dourados.

Foi identificado que havia um mandado de prisão de Luccas em aberto no Paraná. Ele foi condenado, em julho de 2019, a 32 anos de prisão por homicídio qualificado e tentativa de homicídio por matar um adolescente a tiros e ferir outro, em Curitiba, em 2015.

Em janeiro de 2019, ele foi condenado a 54 anos por outro homicídio, que aconteceu em julho de 2016.

Após a ideicação de Luccas, ele foi encaminhado para a 1ª Delegacia de Polícia de Ponta Porã. De acordo com o registro policial, foi necessário usar algemas para garantir a segurança do mesmo e dos policiais, pois o homem estava “muito agressivo e nervoso”.

Para a polícia, a esposa de Luccas disse desconhecer que o marido era procurado pela justiça e que o conhecia apenas por Evandro. Ela foi encaminhada para a delegacia como testemunha e após ser ouvida, liberada.

Divulgação/ Agepen-MS

Desaparecimento e crime barbaro.

Há quase 30 anos, Evandro Ramos Caetano, na época com seis anos, desapareceu no trageto entre casa e a escola, em Guaratuba, no litoral do Paraná.

Após cinco dias em buscas pela região, um corpo foi encontrado em um matagual sem os órgãos e com as mãos e dedos dos pés cortados.
O desaparecimento de Evandro ganhou notoriedade por todo país, pela forma macabra que ele foi encontrado morto. Na época, sete pessoas foram acusadas.

Os nomes de Celina e Barztri Abagge, esposa e filha do então prefeito de Guaratatuba, Aldo Abagge, foram os principais acusados de encomendar a morte de Evandro em um ritual religioso, que acabou ficando conhecida na região como “As bruxas de Guartatuba

Elas confessaram o crime, mas depois alegaram que tinha sido torturadas pela policia para adimitir que realizaram o crime.

Evandro desapareceu em 6 de abril de 1992. O garoto estava com a mãe, Maria Caetano, funcionária de uma escola municipal. No dia do sumiço, o menino disse a mãe que estava saindo porque havia esquecido um mini-game na escola. Após isso, nunca mais voltou para casa.

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