Justiça mantém decisão que afasta delegado suspeito de aceitar propina em Ponta Porã

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Foto: Reprodução/Redes Sociais

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul manteve nesta segunda-feira (6) o afastamento do delegado Patrick Linares da Costa do comando da 2ª Delegacia de Polícia Civil de Ponta Porã. Patrick foi alvo da Operação Codicia (ganância em espanhol), deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) em abril deste ano.

A defesa pediu a revogação das medidas cautelares à 2ª Vara Criminal de Ponta Porã, mas todas foram mantidas. Portanto, o antigo delegado continua sem a possibilidade de reassumir o exercício da antiga função enquanto estiver correndo a presente investigação.

Além disso, ficou impedido de acessar os prédios de qualquer uma das Delegacias de Polícia existentes de Ponta Porã. Também fica proibido que o mesmo mantenha contato direto com as pessoas que estão sendo investigadas no presente procedimento, com exceção de sua esposa. Por fim, a entrega da arma funcional e a proibição de portar arma de espécie alguma (mesmo que particular).

O suspeito por realizar cobrança de propina para devolução de veículos em poder da Polícia Civil em Ponta Porã teve seu nome excluído da posse dos juízes substitutos no Tribunal de Justiça da Capital.

Operação 

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul despachou em abril deste ano a operação com o objetivo de acabar com um grupo criminoso voltado para a prática de concussão, peculato, tráfico de drogas nas delegacias de Polícia Civil de Ponta Porã.

O trabalho investigativo, que durou cerca de 10 meses, ainda identificou uma associação criminosa formada por policiais civis (tanto aposentados, como da ativa) que se utilizava das delegacias para a obtenção de propina, especialmente relacionadas à gerenciamento de veículos apreendidos e sob a responsabilidade daquelas unidades policiais.

Por fim, restou demonstrada também a existência de uma associação para o tráfico, cuja droga comercializada era, algumas vezes, retirada do depósito da Delegacia de Polícia por um escrivão de polícia e repassada aos seus comparsas para a revenda. Acesse também: Advogada cria confusão em conveniência e ameaça policia

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