Enfermagem de MS adere a 2º dia de manifestações

Enfermagem
Foto: Nilson Figueiredo

A enfermagem de Mato Grosso do Sul aderiu ao segundo dia de manifestações nacionais pela luta do piso salarial. A categoria, que se vestiu de branco e preto em frente de hospitais e órgãos públicos, promete entrar em greve geral na próxima semana. Na tarde de ontem (21), os movimentos ocorreram em Campo Grande, Amambai, Aparecida do Taboado, Batayporã, Corumbá, Costa Rica, Nova Andradina, Taquarussu e Ponta Porã.

Na Capital, os servidores seguiram pela manhã até a Câmara Municipal para uma audiência pública junto a representantes da prefeitura e Santa Casa. À tarde, houve outra reunião com o MPE/MS (Ministério Público Estadual), ambas sem sucesso.

Foi discutido o contrato da Santa Casa, que já tem um aporte financeiro de R$ 28 milhões, mas alega que é insuficiente pra poder manter a administração do serviço.

“O hospital fez mais uma proposta para a prefeitura e o estado de mais R$ 4,5 milhões. O Estado não criou nenhuma objeção em custear R$ 3 milhões, mas a prefeitura foi irredutível em arcar com R$ 1,5 milhão. Diante dessa situação, nosso sindicato fará uma assembleia na sexta-feira (23) e o indicativo de greve de 70% dos trabalhadores paralisados na terça-feira (27)”, revelou o presidente dos Siems (Sindicato dos Trabalhadores na Área de Enfermagem de Mato Grosso do Sul), Lazaro Santana.

A Santa Casa segue com 30% do quadro de enfermagem trabalhando, os outros 70% se encontram de atestado, afastamento, férias e em apoio à manifestação.

Na Câmara de Vereadores, o presidente da Santa Casa, Heitor Freire, falou da dificuldade em entrar em consenso com a prefeitura. “Hoje estamos buscando um apoio para que possamos conseguir uma atualização nos valores de nosso custo, a situação no hospital vem se deteriorando com o passar do tempo”, pontuou Heitor.

Votação antes das eleições

O Senado anunciou ontem (21) a votação do PLP 44/2022 como primeiro passo para garantir o pagamento do piso salarial dos profissionais de enfermagem. De acordo com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, a proposta será votada antes das eleições de 2022.

Por Claudemir Candido e Suelen Morales – Jornal O Estado

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