Analista indica que 4 candidatos entram no páreo para o governo

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Imagem: Reprodução/Divulgação
Concorrentes buscam nos últimos 20 dias a conquista dos votos

Por Rayani Santa Cruz – Jornal O Estado do MS

Candidatos a governo do Estado aproveitam os últimos 20 dias de campanha para rodar Mato Grosso do Sul. Eles tentam ganhar a confiança do eleitor com participação em debates, reuniões, caminhadas e muito conteúdo na rede social. Além disso, as propostas são realizadas em conformidade com as necessidades de cada região visitada. Analista indagado pelo jornal O Estado indica que o ranking final ficará entre André Puccinelli (MDB), Eduardo Riedel (PSDB), Marquinhos Trad (PSD) e Rose Modesto (União).

O cientista político Tito Machado fez análise dos candidatos a governo do Estado, e indicou que o quadro posto pode “bagunçar” o coreto eleitoral em Mato Grosso do Sul, além disso, indicou que as diferenças entre eles são atributos para se ganhar ou perder as eleições. Agora, isso fica bem mais visível, já que o primeiro turno ocorre em 2 de outubro.

Conforme Machado, Mato Grosso do Sul sempre segue uma velha tradição que é: cacique não enfrenta cacique. “É um modo abstrato de dizer, ou seja, no geral e até no particular as previsões aqui, sempre costumam dar certo. Agora, entretanto, existem pequenas diferenças que podem bagunçar o palanque dos participantes.”

Puccinelli

Em sua campanha André Puccinelli, do MDB, vem relembrando os feitos enquanto foi governador do Estado, e mostrando ao eleitor sobre a figura que promete e cumpre. O ex-governador se baseia em projetos do plano de governo e diz que vai investir muito em habitação. Puccinelli está investindo muito em conteúdos nas redes sociais, vídeos e agendas no interior. Ele também gravou novos programas eleitorais.

Em análise ao candidato, Machado cita que Puccinelli é o mais conhecido e respeitado “no platô político” entre os concorrentes, e diz que o fato de ele ter sido prefeito de Campo Grande duas vezes, governador do MS duas vezes, deputado federal duas vezes é um fator positivo. “Sempre bem avaliado, possui um cabedal político invejável, por isto mesmo, deve possuir também um histórico de erros e acertos, mas que, até o momento os seus acertos têm suplantados os seus possíveis erros. Ainda que, comumente, ouve-se falar de que não se trata de uma pessoa de trato fácil no cotidiano. É, no contexto atual, o favorito na corrida para o governo do Estado, mas com o detalhe muito importante: vai concorrer sem auxílio (sempre bem-vindo) de uma máquina pública significativa.”

Riedel

Pelo PSDB, o candidato Eduardo Riedel esteve ontem em Cassilândia, Inocência, e em Campo Grande. Na sexta-feira (9) foi recepcionado em Costa Rica por autoridades locais e uma multidão de eleitores. No município, o candidato ainda recebeu do presidente Jair Bolsonaro, um telefonema, onde foi firmada a garantia de um programa robusto de habilitação para todo o Estado. Riedel se apresenta à população como um nome novo, apesar de ter participado da gestão do governador Reinaldo Azambuja (PSD).

Tito diz que, como o governo não está se saindo mal, e tal fato deve ser um elemento substantivo na sua candidatura. O analista, porém, enfatiza que Riedel deve mostrar a que veio e consolidar o nome entre o eleitorado nos próximos dias. “Especialmente pela vasta comunicação com o conjunto de municípios, e especialmente, seu estafe político. Até onde é possível observar, Riedel é o preferido entre o conjunto de prefeitos de MS, por ser considerado uma pessoa de fácil trato e acessível. Tal fato o coloca como um candidato de peso, porém vai necessitar de outros elementos, como ‘mostrar a que veio’ e muito trabalho político para consolidar o seu nome em relação aos candidatos André, Marquinhos e Rose, no conjunto geral da população de eleitores. Mas a sua afinidade com a estrutura administrativa do Estado coloca-o como um candidato, potencialmente viável.”

Rose

Rose Modesto (União Brasil) está percorrendo de forma incansável o interior do Estado. Machado explica que Modesto é reconhecida pela sua presença sempre simpática e agradável, possui uma grande penetração nos votos associados a um dado setor religioso, além da experiência política.

“Tais fatos a credenciam a ter uma participação bastante significativa no pleito eleitoral para governo do Estado. Possui ainda, a seu favor, a condição de ser mulher e, assim, apostar se consolidar no maior conjunto do eleitorado ‘o feminino’. Fato nada fácil, especialmente pelo nível elevado do conservadorismo e machista da população sul-mato-grossense. Mesmo assim, Rose Modesto, no atual momento, coloca-se como uma forte adversária na corrida para o governo.”

Marquinhos

Em relação ao candidato Marquinhos Trad (PSD), o analista diz que fazer parte do Clã Trad, família com larga experiência e conjunto de vitórias conquistadas na política em MS, especialmente em Campo Grande, conduz o Marquinhos a ter bons atributos para sua empreitada rumo ao governo do Estado. Porém, os fatores recentes ainda não garantem vitória. “Contudo, o seu celeiro de votos, para uma vitória, não pode ficar restrito à Capital do Estado. Esta é a sua debilidade a vencer.”

Machado afirma que Marquinhos tendencialmente será um forte candidato até no dia da eleição. “Junto com André, Rose e Riedel, Marquinhos compõe o quarteto que, tende, indefinir a disputa eleitoral para o governo de Mato Grosso do Sul até aos últimos dias de campanha”.

Segundo ele, as diferenças entre os quatro candidatos mais viáveis não são tão visíveis quanto a aparência permite retratar. Ele pondera que são candidatos do mesmo campo ideológico, de direita ou centro-direita, e dificilmente seria diferente.

Tidas como candidaturas alternativas pelo especialista, Capitão Contar (PRTB), Giselle Marques (PT) e Adonis Marcos, do PSOL, são postulantes que vêm ao eleitor para contrapor dos pés à cabeça os outros candidatos e, ao mesmo tempo, levar mensagens que causam reflexão à população.

“Dizer simplesmente a verdade e recorrer sempre aos fatos e aos atos. Não cabe a uma candidatura alternativa esconder a verdade ou minimizar fatos e atos. Vencer, é para a candidatura alternativa, simplesmente um mero detalhe, o seu compromisso é dizer, afirmar e reafirmar que existem grupos de pessoas que pensam diferente e se propõem agir e fazer diferentemente.”

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