Criança albina é sequestrada e repreensão de protestos tem 18 mortos

Mapa Madagascar criança albina
Imagem: Reprodução/Google Maps

Cerca de 18 pessoas foram mortas em Madagascar, nesta segunda-feira (29), após a polícia atirar contra uma multidão de manifestantes que estavam protestando contra, o que as autoridades acreditam ser, o sequestro de um menino albino. Todo o caso aconteceu em Ikongo, a cerca de 350 km da capital Antananarivo.

Toda a movimentação começou quando uma criança albina desapareceu na semana passada. Nesta segunda (29), uma multidão estimada em 500 pessoas começou um protesto em frente a delegacia em que quatro suspeitos do suposto sequestro estavam detidos.

Segundo os policiais, diversas pessoas estavam portando armas brancas e facões enquanto insistiam para que os suspeitos fossem entregues para eles. Houve um início de negociação, mas com a insistência da multidão, as autoridades jogaram bombas de gás e dispararam tiros para o alto. Por volta das 11h no horário local (5h em Brasília), o grupo teria forçado a entrada na delegacia e os policiais acabaram atirando contra eles.

Segundo Tango Oscar Toky, chefe do principal hospital da região, 9 pessoas teriam morrido no local dos tiros e outras 9 morreram no hospital. Ainda há 34 feridos, 9 deles em estado grave e o número de mortes pode aumentar. Até o momento, a polícia admitiu a morte de 11 pessoas relacionadas ao episódio e ainda não se sabe o paradeiro da criança.

O albinismo é uma condição genética, que se caracteriza pela falta de síntese da melanina. Ela é mais prevalente em populações negras, e em algumas regiões da África 1 a cada 2.000 pessoas é albina. Em Madagascar e em regiões do país, pessoas com albinismo vivem em uma particular vulnerabilidade e violência, já que ainda se acredita que partes dos seus corpos são mágicas e podem ser usadas em rituais para trazer sorte e proteção.

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