O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) encerra hoje (25) sua visita oficial à Argentina e segue para o Uruguai. Em seu perfil oficial no Twitter, o presidente confirmou que se encontrará com o presidente uruguaio Luis Lacalle Pou e com o ex-presidente uruguaio Pepe Mujica. Na última terça-feira (24), Lula participou de uma reunião da Cúpula da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), com a presença do presidente argentino e do presidente uruguaio.
Segundo a agenda presidencial, informada pelo site do Palácio do Planalto, a partida de Lula de Buenos Aires para Montevidéu deve acontecer às 10h30. Às 12h, ele irá se reunir com Lacalle Pou na Residência Oficial de Suarez e Reyes, onde fazem uma declaração conjunta à imprensa.
O encontro com o ex-presidente Mujica deve acontecer às 16h30. No início da noite, Lula deixa Montevidéu, com chegada à Base Aérea de Brasília prevista para às 21h30.
Hoje me despeço da Argentina, que tão bem nos recebeu nos últimos dias, rumo ao Uruguai. Me encontrarei com o presidente @LuisLacallePou e farei uma visita pessoal ao amigo Pepe Mujica. O Brasil está retomando seu papel de diálogo e parcerias com o mundo. Bom dia!
— Lula (@LulaOficial) January 25, 2023
Discordâncias
Durante reunião da Cúpula da Celac, que ocorreu em Buenos Aires, na tarde desta terça-feira (24), o presidente uruguaio, de centro-direita, não estava de acordo com o discurso de combate ao avanço da ultradireita, defendido pelo presidente Lula e pelo presidente argentino, Alberto Fernandez. .
A jornalistas, o presidente de centro-direita afirmou que é preciso que nações vizinhas deixem que o país “se abra ao mundo” e disse que essa seria sua principal mensagem ao brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Lacalle Pou se referia a acordos de livre comércio que Montevidéu negocia com países como China e Nova Zelândia, algo que vem sendo criticado por outros membros do Mercosul. O chanceler brasileiro, Mauro Vieira, afirmou em entrevista à Folha de S.Paulo que tirar uma ideia como essas do papel significaria a destruição do bloco.
O uruguaio criticou o que chama de protecionismo do Mercosul e pediu que os líderes da região parem de “reclamar para dentro” e compreendam que é preciso avançar na integração global.
Além de recados ao governo brasileiro, sobraram também indiretas ao governo de Alberto Fernández na Argentina. O centro-direitista disse, por exemplo, que “não é necessário ser de esquerda para defender a democracia”, contrariando mensagens ecoadas pelo peronista e também por Lula em Buenos Aires.
Com informações da Agência Brasil e da Folhapress
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