Mulher briga na justiça por três anos após ter sofrido queimadura durante o parto em hospital

Foto: Marcos Maluf/O Estado Online
Foto: Marcos Maluf/O Estado Online

A empreendedora campo-grandense Camila de Abril Braga, 30, passou em 2018 pelo descaso no hospital Candido Mariano semelhante ao do último domingo (10), quando a Policia Civil do Rio de Janeiro prendeu um suspeito de estuprar uma pacientes durante o trabalho de parto no Hospital Estadual da Mulher, em São João de Meriti (RJ).

Camila sofreu uma queimadura na perna durante o trabalho de parto da filha há três anos atrás. “Eles tentaram o parto normal a todo momento, foram quase 12h de tentativa. Me perguntaram se eu queria ficar acordada ou se queria tomar anestesia e o parto acabou sendo por uma cesariana.”

De acordo com ela, após o parto a enfermeira perguntou se ela estava com algum ferimento na perna. Ela respondeu que não, e logo um curativo foi feito. Após três dias internada, não houve retorno do hospital, segundo a empreendedora. “O médico passou para dar alta e não explicou nada. Passei por sufoco na primeira viagem no processo de ser mãe e sofri muito com a amamentação.”

“Mandei mensagem para o doutor que tive acompanhamento durante a gravidez e ele falou que havia um erro cirúrgico na minha situação”. Segundo o doutor, a queimadura foi causada pela placa de bisturi elétrico, muito provavelmente por alguma falha técnica.

Camila detalha que entrou com um processo judicial ainda no mesmo ano. Porém, ela alega que a justiça não deu o direito dela relatar o episódio em nenhum momento e que o julgamento não está favorável para ela. O hospital alega que a cirurgia foi feita da forma correta e que o ferimento não foi durante o momento de parto. “Recorremos agora dentro do prazo e estamos aguardando o resultado”, conclui.

Com informações dos repórteres Willian Leite com Marcos Maluf

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