Após um mês de prorrogação, ex-militar da Aeronáutica que matou esposa é julgado

Caso Natalin Tamerson
Imagem: Reprodução/Redes sociais

Após um mês de prorrogação, nesta sexta-feira (25) será realizado o júri popular do ex-militar da Aeronáutica, Tamerson Ribeiro de Lima Souza, que foi acusado de matar a sua esposa, Natalin Nara Garcia de Freitas Maia. O júri popular iria acontecer no dia 5 de outubro, deste ano, mas foi adiado devido a falta de laudos periciais.

O incidente ocorreu no dia 4 de fevereiro de 2022, quando o corpo da jovem foi encontrado às margens da BR-060, enrolado em um lençol, com marcas de queimadura e com o pescoço quebrado.

O julgamento ocorre no Fórum Cível e Criminal de Campo Grande, localizado na Rua da Paz. Tamerson responde pelo crime de homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, asfixia e feminicídio, além da ocultação de cadáver.

O júri desta sexta-feira é presidido pelo juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri.

Sobre o caso

Natalin foi encontrada já morta, às margens da BR-060, entre Campo Grande e Sidrolândia. em um domingo, no dia 6 de fevereiro deste ano. A mulher apresentava marcas de queimaduras e estava com o pescoço quebrado. Seu corpo foi deixado no local enrolado em um lençol.

O Cepol (Centro Especializado de Polícia Integrada) foi acionado para atender o caso às 15h do dia 6 de fevereiro, após um funcionário de uma fazenda notificar que havia encontrado o corpo da vítima.

Às 22h do mesmo dia a vítima foi identificada e a polícia foi até a sua residência. No local estava o marido da vítima, segundo sargento da Base Aérea e a filha de quatro anos. Questionado onde estava Natalin, o homem informou que a mesma havia ido embora e negou saber o paradeiro. Entretanto, separada do mesmo cômodo que o suspeito, a criança falou que o pai tinha dito que a mãe adoeceu e morreu no hospital.

O marido ainda continuou negando saber informações da esposa e foi encaminhado para a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) que colheu depoimento onde ele confessou o crime, mas foi liberado. “Ele agiu sempre frio, e mudou de versão e resolveu confessar. Ele foi liberado na mesma noite, mas por entender que ele foi pego em flagrante por ocultação de cadáver, equipes da Deam foram na tarde de segunda-feira (7 de fevereiro) na Base Aérea fazer a prisão”, detalhou a delegada Ana Paula, responsável pela investigação.

Em depoimento, Tamerson afirmou que era agredido pela mulher e no dia 4 de fevereiro, Natalin teria saído com as amigas e voltado para casa alcoolizada. Os dois iniciaram uma discussão e as agressões começaram por parte da vítima, que recebeu um golpe mata leão. Após o crime, o suspeito deixou o corpo no porta-malas enquanto levou a filha do casal de 4 anos para escola.

Com informações das repórteres Dayane Medina e Aline Ferreira da Silva

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