TransCine leva amostra de cinema no Jardim Nhanhá em comemoração ao Dia Internacional da Animação

Foto: O evento reuniu mais de 50 pessoas no local/Amanda Ferreira
Foto: O evento reuniu mais de 50 pessoas no local/Amanda Ferreira

O Dia Internacional da Animação (DIA) é uma celebração de curtas-metragens de animação nacionais e internacionais. Em Campo Grande, o evento é realizado pela equipe da TransCine – Cinema em Trânsito. No último dia 27, quinta-feira, às 19h, eles proporcionaram um momento de exibições para as crianças na Mostra de Animação Infantil no Núcleo Humanitário do Jardim Nhanhá.

O Transcine também preparou a 1ª Mostra Regional de Animação no Museu da Imagem e do Som (MIS) nesta sexta-feira, às 15h30. E, para coroar a celebração cinematográfica, a Mostra Nacional e Internacional acontecerá no Armazém Cultural, neste sábado, 28 de outubro, com exibições simultâneas em todo o Brasil. O melhor de tudo? A entrada foi gratuita todos os dias.

O primeiro dia da mostra foi dedicado aos pequenos, e a TransCine escolheu uma ONG do Jardim Nhanhá como local para o evento. As crianças foram agraciadas com pipoca, cachorro-quente e refrigerantes, criando um ambiente de pura alegria. Por trás dessa jornada cinematográfica extraordinária, estão Catia Santos, Mariana Sena, e Lucas Arruda os líderes incansáveis da TransCine. Seu compromisso e paixão pelo cinema os orientaram desde o início da organização. Lucas além de assessor de comunicação do projeto, é também produtor e idealizador, que apesar de não estar desde o início, está há 7 anos na TransCine.

Origem

O Transcine surgiu de um desejo simples: compartilhar filmes. Há onze anos, a ideia era exibir seus próprios filmes, mas com o tempo, a equipe percebeu a importância de incluir filmes de outros cineastas e diversificar as opções. O projeto cresceu para abranger filmes de todo o mundo, incluindo animações infantis e produções regionais. A missão do TransCine é levar o cinema para comunidades onde o acesso à sétima arte é limitado, promovendo uma experiência cultural inclusiva.

Catia Santos e Mariana Sena são parte integral do projeto desde o início. Elas brincam serem as “jurássicas” da equipe, testemunhando o crescimento do TransCine ao longo dos anos. Além delas, alunos da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) também se unem à equipe para contribuir com suas habilidades e paixão pelo cinema. Embora o projeto funcione sem financiamento externo, o trabalho voluntário da equipe é uma prova do compromisso e amor pelo cinema.

Catia e Mariana compartilham que tentaram, ao longo do tempo, obter apoio do governo, embora essa tenha sido uma tarefa desafiadora. Durante onze anos, a equipe continuou mostrando a importância de seu trabalho, levando o cinema para áreas periféricas, aldeias indígenas, comunidades quilombolas e outros locais onde o cinema é raramente visto. A batalha por reconhecimento e apoio governamental continua.

Variedade 

O Transcine não se limita a um único tema. O evento abriu suas portas para uma ampla gama de gêneros cinematográficos ao longo dos anos. Além da mostra atual de animações internacionais, o projeto já explorou temas como mulheres no cinema, cinema LGBT regional, cinema experimental e muitos outros. O foco principal sempre permaneceu no Estado do Mato Grosso do Sul, mostrando haver produções cinematográficas de alta qualidade localmente. A inclusão de filmes regionais é uma maneira de celebrar a identidade cultural única da região.

Foto: Catia (segurando o celular) é uma das responsáveis pela organização do TransCine/Amanda Ferreira

O Transcine enfrentou desafios ao longo de sua trajetória, mas a resposta calorosa das comunidades locais sempre os impulsionou. As áreas periféricas e comunidades carentes demonstraram ser algumas das plateias mais entusiastas. Para proporcionar uma experiência cinematográfica completa, o projeto oferece lanches, entendendo que o cinema não é apenas sobre assistir a filmes, mas também sobre compartilhar momentos com amigos e familiares.

Catia,Lucas e Mariana  lideram o Transcine com paixão e dedicação, e sua jornada é um exemplo inspirador de como o cinema pode unir comunidades e levar a arte às pessoas em todas as partes da sociedade. A celebração da animação em Campo Grande é uma demonstração de como a paixão pelo cinema pode criar laços e trazer a magia do cinema para todos.

Jardim Nhanhá

A equipe da TransCine realizou uma parceria com Chris Robert de Oliveira Peixoto, Presidente Fundador da associação para tornou o cinema uma realidade para as pessoas na comunidade. Chris afirma que os voluntários da associação, trabalham arduamente para criar um ambiente seguro para as crianças e oferecem atividades regulares, como aulas de judô e assistência a pessoas em situação de rua. A equipe também realiza eventos em datas especiais, como o Dia das Crianças, Natal e Páscoa, proporcionando uma variedade de atividades ao longo do ano.

Foto: Para priorizar as crianças, muitos adultos assistiram da janela do local para acompanhar as exibições/Amanda Ferreira

O evento de cinema é uma parte essencial do projeto, proporcionando acesso à cultura e lazer para uma comunidade que, muitas vezes, não tem essas oportunidades. A disponibilidade de um cinema de verdade é uma maneira de democratizar a cultura e proporcionar momentos de lazer e aprendizado. O envolvimento da comunidade é fundamental para garantir que as crianças tenham acesso a atividades que enriqueçam suas vidas e ofereçam alternativas ao ambiente de rua, muitas vezes associado a problemas de tráfico de drogas.

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