MS tem déficit de 14,8 milhões de toneladas em armazenagem de grãos

Crescimento da produção exigem construção de mais armazéns
Crescimento da produção exigem construção de mais armazéns

Mato Grosso do Sul ocupa a quinta posição na produção de grãos no País, conforme aponta ranking da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Em meio ao crescimento, o deficit de 14,810 milhões de toneladas na capacidade de armazenagem pode impactar os ganhos com a produção, conforme indica a Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja-MS). De acordo com dados da Conab e do Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio (Siga MS), em 2022, a capacidade de armazenamento de grãos no Estado era de 10,520 milhões de toneladas, aumento de 35% em comparação a 2013, quando a capacidade era de 7,771 milhões de toneladas.

A defasagem de armazenagem em MS vem se agravando em função da disparidade entre a quantidade de armazéns construídos e o aumento da produção de grãos, principalmente de soja e milho. Sobre a disponibilidade de recursos para investimentos em armazenagem, a Famasul afirma que, de acordo com o Plano Safra 2022/2023, há uma linha de financiamento própria para a estruturação: o Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA).

Atualmente, existem 595 silos no Estado. Entretanto, ao considerar o acumulado deste ano, a capacidade estática de armazenagem sobe para 12,616 milhões de toneladas, alta de 19,92% em relação ao ano passado. Sendo assim, a armazenagem de grãos comporta aproximadamente 48,12% da produção de grãos de MS, já que, segundo a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), a safra 2022/2023 apresenta uma produção média de 26,213 milhões de toneladas.

“Somente para o Plano Safra 2023/2024 foram direcionados R$ 3,80 bilhões com taxa de juros de 8,5% ao ano e período de carência de 2 anos para começar a liquidar o financiamento”, explica o setor técnico da federação. “Todavia, a taxa de juros do PCA, cujo recurso é disponibilizado no Plano Safra, inviabiliza o investimento em novos armazéns no estado de MS e no País, uma vez que o retorno será em longo prazo e o pagamento poderá ultrapassar o tempo de 20 anos”, complementa a Aprosoja-MS.

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