A segunda parte de audiências de instrução do processo que vai julgar mãe e padrasto pelo assassinato de uma menina, de 2 anos e 7 meses, foi suspensa na tarde desta sexta-feira (19), após 5 testemunhas – do total de 15, serem ouvidas pelo Juiz Carlos Alberto Garcete, que julgou o comportamento de um dos advogados como inadequado durante a sessão.
Durante a fala da sexta testemunha, que estava emocionada, o advogado Willer de Almeida pegou um copo d’água e levou até a testemunha. Momento que foi barrado pela autoridade do tribunal “Pode retirar, não autorizei o senhor. Aqui o senhor é advogado e não é garçom”. Foi quando um bate-boca foi iniciado e o Juiz preferiu suspender a sessão devido o comportamento do advogado.
A equipe do advogado que precisou ser retirado por policiais da sala, diz que acionou a Comissão de Pejorativas da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) para dar assistência. “Entendemos que naquele ponto da audiência houve comportamento indevido por parte da autoridade. Como advogados, temos o Múnus Público e somos indispensáveis para a administração da justiça. Um ponto é esse, outro ponto é chegar ao desrespeito.”
Audiência interrompida
Em uma hora de audiência, foram ouvidos cinco testemunhas, três da parte de acusação e duas de defesa. Sobre as testemunhas de acusação foram ouvidos o casal e um agente de saúde. De defesa, a madrinha e uma amiga próxima da mãe de Sophia.
A testemunha relatou que conhece a mãe de Sophia a aproximadamente seis anos e que eram bem próximas. Porém, a Stephanie estava afastada. “A última vez que vi ela foi em 26 de novembro”. Ela conta que sempre tentava entrar em contato com a amiga, mas não conseguia.
No último encontro, ela convidou Stephanie para uma festa de aniversário, que de início foi negado pelo réu. Ao juiz ela lembrou que, no dia da festa, Stephanie mandou mensagem dizendo que não conseguiria ir, falando que a Sophia havia caído e quebrado a perna. Entretanto, ela foi até a festa, mas não chegou a ficar nem por 1h.
“Eles foram até a conveniência para a comprar cerveja, mas nem chegaram a tomar. Quando eles começaram a discutir eu perguntei a eles se estavam bem e ela olhou para mim e fez uma cara de desapontamento depois foram embora. Depois disso nunca mais nos vimos”, conta a testemunha.
Acusação de violência sexual
Os advogados, contratados pelo acusado de estuprar e espancar a criança até a morte, afirmam que laudos apontaram que o material genético encontrado no corpo não é compatível com o do cliente, informação que será usada para derrubar a acusação de violência sexual.
Stephanie da Silva de Jesus, de 25 anos, e Christian Campoçano Leitheim, de 26 anos, mãe e padrasto da vítima, respectivamente, são os suspeitos do crime e estão presos preventivamente, desde o dia 28 de janeiro, após decisão do juiz Carlos Alberto Garcete, da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, que acompanha o caso desde o início. Acesse também: ICMS fixo vai suprir queda média de R$ 0,29, na gasolina
Com informações do repórter João Gabriel Vilalba