Bombeiros utilizam tecnologia da Nasa para prevenir incêndios no Pantanal

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O uso da tecnologia contribui para as ações de monitoramento e preservação do Pantanal e do Cerrado em Mato Grosso do Sul, no trabalho desenvolvido pelo Corpo de Bombeiros do Estado no combate aos incêndios florestais.

Com drones, equipamentos de proteção individual específicos para garantir segurança (roupas e botinas resistentes as chamas), monitoramento via satélite por meio de convênios com a Nasa – agência do governo dos Estados Unidos –, Polícia Federal, Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), além de tecnologia de navegação, dados e inteligência artificial, a atuação dos bombeiros é cada vez mais específica e qualificada para evitar e mitigar os danos causados pelos incêndios florestais.

Em funcionamento há mais de 21 anos, o CPA funciona 24 horas por dia – todos os dias da semana – com trabalho de monitoramento e análise diária de dados que servem como base das atividades dos bombeiros no combate a incêndios florestais no Estado.

“Temos convênio com a Nasa, Polícia Federal e Imasul, que é um diferencial do monitoramento realizado. Tudo com dados alimentados instantaneamente, o que contribui para avaliação das estratégias de atuação e combate”, explicou o tenente Alexandre de Oliveira, especialista em engenharia ambiental do CPA.

A tecnologia aliada as informações obtidas por meio do monitoramento constante contribuem para garantir atuação efetiva na proteção dos biomas de Mato Grosso do Sul. “Houve uma redução (dos focos de calor) de aproximadamente 70% em todo o território sul-mato-grossense, não só do Pantanal, além da quantidade de área queimada com queda bastante significativa. Como essa logística desde o nosso monitoramento até a ida a campo, com as parcerias dos órgãos estaduais, federais e internacionais, conseguimos integrar todos para fazer esse trabalho de maneira mais efetiva”, disse Oliveira.

Os treinamentos realizados, monitoramentos com auxílio da tecnologia e outras ações desenvolvidas, auxiliaram diretamente para a redução as ocorrências de incêndios florestais no Estado.

A ação integrada do Governo do Estado para prevenir e controlar os incêndios no Pantanal e em outros biomas de Mato Grosso do Sul já surte efeito com a redução significativa de áreas queimadas.

Levantamento do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de MS) divulgado em abril deste ano, aponta redução de 74,7% nos focos de calor nos três biomas do Estado – Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica -, entre 2021 e 2022, passando de 9.377 para 2.368 ocorrências.

No Pantanal, a área queimada e os focos de calor tiveram redução de mais de 80%. No ano de 2021 foram queimados mais de 1,3 milhão de hectares com mais de 5,9 mil focos de calor. Já no ano passado, a área queimada reduziu para 246,9 mil hectares com pouco mais de 1,1 mil focos de calor em seis municípios – Aquidauana, Corumbá, Ladário, Miranda, Porto Murtinho e Rio Verde de Mato Grosso. Os registros de incêndios florestais, atendidos pelo Corpo de Bombeiros, também caíram mais de 40%.

No Cerrado, os focos de calor também tiveram redução de 67,6%, passando de mais de 3 mil em 2021, para 973 em 2022. E na Mata Atlântica, a redução foi de 53,6%, passando de 474 para 220 focos de calor, respectivamente em 2021 e 2022.

Também ocorreram grandes avanços na preservação de área protegidas. Houve queda significativa de áreas queimadas em unidades de conservação do Pantanal e Cerado (74,3%), Rede Amolar (30%) e terras indígenas (83,8%).

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