O Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul (CBMMS) está combatendo focos de incêndios florestais na região pantaneira desde o último domingo (24), a situação está crítica e mais de 1330 hectares já foram devastados pelo fogo. Segundo os militares, na última quarta-feira (27) houve um aumento significativo nos focos de incêndio, devido às altas temperaturas e ventos fortes.
Conforme informado pelo CBMMS, 38 militares atuam em três guarnições de especialistas em combate a incêndios florestais e, devido ao nível de devastação, foram acionados militares de ouras unidades do Estado para auxiliarem no controle do fogo. As chamas se alastraram sobretudo na região do Pantanal de Rio Negro, onde militares empenham forças para controlar a situação.
Além disso, as guarnições contam com o apoio do Grupamento de Operações Aéreas, por meio da utilização da aeronave Air Tractor. Ainda conforme os militares, as condições atmosféricas são adversas e severas – baixa umidade relativa do ar, altas temperaturas e ventos fortes – e, por isso, fez-se necessário o apoio da aeronave, com capacidade de transportar até 3 mil litros de água, ela é utilizada no combate ao fogo em áreas de difícil acesso.
Desde 17 de julho, MS está em estado de alerta para os focos de incêndios, sobretudo na região do Pantanal, a maior planície alagada do mundo, desde a emissão do alerta, o Corpo de Bombeiros Militar já atuou em sete grandes incêndios florestais no Estado. Seis dos principais focos de incêndios aconteceram em diferentes regiões do Pantanal e um em Bonito, extinto na sexta-feira (22), após cinco dias de combate.
“Estamos atuando em três focos de incêndio no Pantanal. São na região do Paiaguás, onde estamos em monitoramento, e outro próximo a Corumbá, onde estamos com duas guarnições de especialistas em combate a incêndio florestal. O terceiro é na região do Rio Negro. Lá estamos com duas guarnições de especialistas, e o grupamento aéreo foi mobilizado para esse combate”, explicou a tenente-coronel Tatiane Inoue, que é chefe do Centro de Proteção Ambiental (CPA).
A responsável pelo CPA também pontuou sobre as dificuldades do combate a incêndios florestais nesta época do ano. “O período é de estiagem e altas temperaturas, principalmente quando vai aproximando o meio dia até fim da tarde, as condições atmosféricas acabam favorecendo a propagação do fogo. Isso porque a temperatura aumenta e a velocidade do vento também. E ainda tem o desgaste dos próprios combatentes”, explica.
Por fim, a tenente-coronel informa que o gerenciamento de toda operação é feito pelo Sistema de Comando de Incidentes, no CPA. O monitoramento é diário e realizado com imagens de satélite, acompanhando o aparecimento e evolução dos focos de calor em todo o MS. A maior quantidade de incêndios em Mato Grosso do Sul ocorreu em 2020, quando foram registrados 12.080 focos de calor, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Apenas na região do Pantanal, o fogo consumiu 16,4 mil hectares.
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