Atraso na votação do Orçamento de 2025 gera impasse no Congresso e preocupa especialistas

Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

A votação do Orçamento de 2025, que define como o país irá destinar seus recursos ao longo do ano, foi adiada para fevereiro, após o retorno do Congresso Nacional do recesso parlamentar. Essa situação, que não ocorria desde 2021, já levanta debates entre governo, oposição e especialistas quanto aos possíveis impactos na economia e na gestão pública.

Conforme reportagem publicada pelo portal SBT News, para o senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), líder do governo no Senado, o atraso não deve trazer prejuízos imediatos. Já o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), apresentou uma visão mais crítica, alertando para a possibilidade de reflexos na execução orçamentária até maio. “Eles vão tentar segurar os gastos dessa forma, utilizando novamente artifícios como as pedaladas fiscais”, declarou.

De acordo com o Ministério do Planejamento, os pagamentos de salários dos servidores, aposentadorias e benefícios do INSS não serão interrompidos. No entanto, investimentos do governo federal devem ser limitados até que o Orçamento seja aprovado. Além disso, a indefinição sobre o reajuste do salário mínimo preocupa. Atualmente, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) fixa o valor em R$ 1.502, mas ainda depende de sanção presidencial para ser confirmado.

O economista Luccas Saqueto alertou para os efeitos negativos do atraso na aprovação do Orçamento. “Embora o governo continue funcionando, o adiamento sinaliza falta de planejamento e dedicação a temas críticos, como desemprego e inflação. Esse tipo de atropelo gera custos mais altos e menor eficiência”, explicou.

O Congresso terá um desafio ao retornar do recesso em fevereiro: lidar com as demandas acumuladas e aprovar o orçamento de forma ágil para evitar prejuízos na execução das políticas públicas. Especialistas destacam que o atraso pode comprometer a credibilidade do país e afetar o clima de confiança no mercado.

Enquanto isso, o debate sobre prioridades e eficiência orçamentária promete ser central na agenda política do início de 2024.

 

Com informações do SBT News

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