Estudos de instituto brasileiro demonstram que atual vacina da gripe garante proteção contra o H3N2

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Foto: Gilberto Marques/Governo de SP

O Instituto Butantan, fabricante da vacina contra a gripe utilizada no PNI (Programa Nacional de Imunização), informou hoje (6) que testes de laboratório mostraram que o imunizante é sim capaz de conferir proteção contra a infecção pelo vírus Influenza A – principalmente da variante H3N2, conhecida pela comunidade científica como “Darwin”.

Mesmo sem ter a cepa na sua composição, o diretor de produção do Instituto Butantan, Ricardo Oliveira, confirma que a vacina atual (trivalente) – feita para conter o avanço dos vírus H1N1, H3N2 e Influenza B – protege contra a variante Darwin de forma cruzada, o que significa que possui ação neutralizante em razão de ter em sua fórmula o H3N2 original. Em termos leigos, o código genético é “parecido” com o da nova cepa.

“Você tem um grau muito próximo de parentesco com a sua mãe, mas você é diferente dela. As cepas da influenza são parentes, têm mudanças na estrutura viral, nos aminoácidos, mas têm partes do vírus que são as mesmas e ela confere essa proteção mesmo com a atualização do vírus”, esclareceu.

No entanto, o cientista pontua que a atual vacina produz uma proteção menor do que um imunizante fabricado especificamente contra a cepa H3N2 Darwin. “A vacina que temos hoje traz uma proteção cruzada contra a Darwin, menor do que a vacina específica, mas confere sim certa segurança. Vimos isso nos reagentes que usamos no controle de qualidade, nas reações in vitro”.

Nova vacina

Trivalente, a nova versão da vacina da influenza já está sendo produzida pelo Instituto Butantan. Com distribuição esperada para o início de 2022, o envase está previsto para acontecer na primeira semana de fevereiro.

O Butantan produz anualmente 80 milhões de doses da vacina contra a influenza. Oferecidas na campanha nacional de vacinação contra a gripe, os imunizantes são modificados a cada ano baseado nos três subtipos do vírus que mais circularam no ano anterior no hemisfério Norte, monitorados e indicados pela OMS (Organização Mundial da Saúde).

(Fonte: Agência Brasil)

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