Vereadores devem votar nesta terça-feira dois pedidos de empréstimos enviados pela prefeita

Papy explicou que a articulação política ainda está em andamento e que precisará de mobilização da base governista - Foto: Izaias Medeiros/CMCG
Papy explicou que a articulação política ainda está em andamento e que precisará de mobilização da base governista - Foto: Izaias Medeiros/CMCG

O presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, vereador Epaminondas Neto, o Papy (PSDB), afirmou a reportagem que os projetos de lei nº 12.184 e nº 12.185, que tratam dos dois pacotes de empréstimos solicitados pela prefeita Adriane Lopes (PP), devem começar a ser discutidos pelos vereadores nesta terça-feira (9).

Papy explicou que a articulação política ainda está em andamento e que a base governista precisará se mobilizar para garantir a aprovação das propostas. Ele reconheceu dificuldades nas últimas votações e avaliou que o cenário não deve ser diferente desta vez. “A base terá que trabalhar. Provavelmente [será aprovado], mas não tem sido nada fácil aprovar”, afirmou o presidente do Legislativo.

Os dois projetos que serã apreciados autorizam a Prefeitura a contratar R$ 156 milhões em empréstimos junto à Caixa Econômica Federal, com aval da União, dentro do Plano de Promoção do Equilíbrio Fiscal. Do total, cerca de R$ 20 milhões são destinados a obras de pavimentação e drenagem em áreas que ainda carecem de infraestrutura básica. Os outros R$ 136 milhões serão aplicados em intervenções urbanas como construção de calçadas acessíveis, implantação de sinalização viária, dispositivos de moderação de tráfego e qualificação de corredores por onde circulam os ônibus do transporte coletivo.

Medidas de contenção adotadas em 2025

Ao longo de 2025, a Prefeitura implementou uma série de medidas de contenção de gastos para tentar reequilibrar as contas públicas. No início do ano, um decreto determinou o corte mínimo de 25% das despesas até junho, que acabou sendo prorrogado até o dia 31 de dezembro, estabelecendo uma série de medidas de contenção fiscal, como a suspensão de novas contratações, o bloqueio do pagamento de gratificações e diárias a servidores.

A norma também exige a revisão de contratos com fornecedores e estabelece redução no consumo de serviços essenciais, como água, energia elétrica e combustíveis, além de limitar o número de impressões realizadas pelos órgãos públicos.

Em abril, a gestão promoveu uma reforma administrativa com redução de cerca de 30% na estrutura pública, resultado da fusão e extinção de secretarias e da reorganização de equipes, o que reduziu o comprometimento da folha de pagamento de 54% para aproximadamente 52% da receita corrente líquida.

Já em outubro, a prefeita Adriane Lopes anunciou um novo pacote de contenção, que incluiu redução de 20% de seu próprio salário e dos secretários, além da implantação de uma jornada de seis horas diárias para grande parte do funcionalismo, medida válida por 120 dias. Paralelamente, a Prefeitura começou a preparar um novo plano de austeridade para integrar o orçamento de 2026, que prevê crescimento modesto de cerca de 1,5% em relação ao ano anterior.

 

Por Brunna Paula

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