Vereadores de Sidrolândia acusam prefeitura de obstruir ação da CPI

Reprodução/Facebook
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[Texto: Rayani Santa Cruz, Jornal O Estado de MS]

Vereadores da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), que apura escândalos de corrupção, acusam a Prefeitura de Sidrolândia e a prefeita, Vanda Camilo (PP), de obstruir as investigações ao se negar a fornecer documentos e contratos relativos às licitações. O grupo gravou vídeo indignado e citou que esteve no paço municipal, na segunda-feira (21), mas deram com a “cara na porta” e se depararam com o local vazio, em pleno horário de expediente.

A situação foi exposta por meio das imagens gravadas e distribuídas em redes sociais. No vídeo, o presidente da CPI, Enelvo Felini Junior (PSDB), diz que os parlamentares se deslocaram até o setor de licitação por volta das 12h, porém a secretária liberou todos os funcionários antes do término do expediente, às 13h.

“Viemos buscar a documentação que pedimos semana passada para a prefeitura, chegamos às 11h15 e às 12h todos os funcionários da licitação foram liberados mais cedo, para não fornecer os documentos. Saíram todos de fininho e foram embora”, disse o presidente da CPI, vereador Enelvo Felini Junior, que acionou a polícia e informou que registrou boletim de ocorrência, além de dizer que irá abrir denúncia ao Ministério Público Estadual.

O relator da comissão, vereador Cleyton Martins Teixeira (PSB), afirmou que a situação categoriza descaso. “É um descaso com os vereadores. Fomos na manhã desta segunda-feira, de forma pacífica, na prefeitura, para solicitar documentos para darmos continuidade na CPI, mas, novamente, não quiseram fornecer”, lamentou o relator da comissão.

Essa documentação em questão foi pedida via requerimento à prefeitura, em 11 de agosto. Na justificativa, a CPI informou que o objetivo era apurar supostas irregularidades em todas as licitações celebradas pelo Executivo, de janeiro de 2021 até julho de 2023. Segundo eles, a prefeitura negou atender a solicitação e encaminhar as cópias dos documentos, afirmando que eles não seriam relacionados à operação, tema que levou à criação da comissão investigativa.

A prefeita Vanda Camilo (PP) foi contatada via assessoria, mas não houve retorno até o fechamento da edição. O espaço segue aberto, caso a prefeita queria se posicionar.

Operação Tromper

A CPI da Câmara foi formada após o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) ter deflagrado a segunda fase da Operação Tromper, que levou dois empresários e um servidor da prefeitura para a cadeia. Um quarto envolvido está foragido. Os vereadores apuram possíveis fraudes licitatórias e demissões em massa.

Essas pessoas são investigadas em inquérito que apura a possível existência de esquema de corrupção na atividade administrativa do município de Sidrolândia, desde o ano de 2017. Acesse também: Calor de 35 graus antecede a frente fria em Mato Grosso do Sul

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