Lei do Silêncio será o principal tema no 2º semestre, diz Carlão

Foto: Vereador Carlos augusto
Borges, o Carlão, preside a Câmara Municipal de Campo Grande/Reprodução
Foto: Vereador Carlos augusto Borges, o Carlão, preside a Câmara Municipal de Campo Grande/Reprodução

Prejuízo nas vendas e desemprego são alguns dos receios

Presidente da Câmara garante que vereadores terão assuntos importantes

O presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, vereador Carlos Augusto Borges (Carlão-PSB), disse, em entrevista ao programa Rádio Livre, da 104 FM Educativa, que o Legislativo terá muitas análises importantes para a cidade neste segundo semestre, como o Orçamento de 2024, o relatório da denúncia sobre cascalho e areia, com mais de 4 mil páginas de documentos que serão analisados pelos vereadores e principalmente a polêmica sobre a Lei do Silêncio.

Carlão lembrou que a proposta da Lei do Silêncio voltou ao Executivo. “A lei apresentada era boa, mas judiava do comerciante e não houve conversa com a sociedade. Vamos nos reunir com a Planurb sobre o tema, que é bastante polêmico”, informou e lembrou de outros assuntos. “Tem o tombamento do Parque dos Poderes, que será readequado. Temos temas importantes para serem discutidos nesse semestre, na Câmara Municipal”, garantiu.

Na entrevista, o presidente da Câmara foi questionado sobre questões relacionadas à saúde, como falta de remédios em unidades básicas. Ele deixou claro que, para ele, falta uma gestão dentro da prefeitura para a compra de medicamentos e evitar que isso ocorra. Além disso, também pediu uma melhor gestão para a realização das cirurgias eletivas, separando-as das cirurgias de emergência, que muitas vezes acabam tomando a vaga no centro cirúrgico de uma operação previamente agendada.

Sucessão municipal 

Carlão acredita que, entre março a maio do ano que vem, as candidaturas que realmente têm condições de concorrer à sucessão municipal estarão definidas. “Hoje, temos vários pré-candidatos, mais para a frente é que os partidos vão se juntar em prol do município, num projeto político e aí poderemos verificar aquelas candidaturas que têm condições de pleitear a vaga”, disse.

Sobre ser candidato pelo PSB, na eleição de 2024, Carlão deixou claro que a decisão será do diretório municipal. “Acredito que nosso partido tem condições de disputar o pleito em uma majoritária. No segundo turno, se não conseguirmos chegar, faremos uma composição. Mas, principalmente, vamos tentar aumentar a bancada de vereadores, podemos passar para dois ou três vereadores. Muitos têm falado que o Carlão é um bom vice. Acho que o candidato que nasce como vice não chega a lugar algum. O vice aparece na hora certa, de modo a se encaixar com a candidatura majoritária. Estamos trabalhando e colocando nosso nome à disposição. Nosso partido está preparado para disputar a eleição para prefeito. Temos condições de melhorar o poder de administração que está aí, como regionalizar a parte de infraestrutura nos bairros. Se conseguirmos melhorar a pontuação nas pesquisas, vamos disputar, sim”, ressaltou.

Para Carlão, a eleição não pode ficar polarizada, ela tem de ter várias opções em primeiro turno, mesmo porque é uma eleição mais comunitária. “O importante é ter um projeto para melhorar essa administração. Campo Grande já foi bem administrada, hoje se faz muito ‘arroz com feijão’. Campo Grande precisa de administração que converse com a sociedade e com as entidades”, resumiu.

“Estamos trabalhando e colocando nosso nome à disposição. Nosso partido está preparado para disputar a eleição a prefeito” – Carlos Augusto Borges, vereador de Campo Grande 

Primeira sessão tem três vetos para serem votados 

Três vetos do Executivo serão votados pelos vereadores da Câmara Municipal de Campo Grande, na sessão ordinária desta terça-feira (1º), que marca a abertura dos trabalhos do Legislativo Municipal no segundo semestre de 2023. O recesso parlamentar encerrou-se na última sexta-feira, período em que as atividades em Plenário, como sessões e audiências públicas, ficaram suspensas. Os trabalhos administrativos e em gabinetes continuaram normalmente.

Os vereadores avaliam o veto total ao projeto de lei 10.829/22, que assegura aos alunos com deficiência e/ou cujos pais ou responsáveis sejam pessoas com deficiência ou pessoa idosa, a prioridade de matrícula em escola da Reme mais próxima de sua residência. A proposta é dos vereadores Silvio Pitu e Valdir Gomes. A prefeitura alegou vício formal por violação de regras de iniciativa ao criar obrigações a serem cumpridas pela administração municipal. 

Também será votado veto total ao projeto de lei 10.990/23, que altera o inciso V da lei n. 7.000, de 13 janeiro de 2023. A proposta, dos vereadores Dr. Victor Rocha e Carlos Augusto Borges, o Carlão, garante direito à presença de um profissional da equipe multiprofissional cuja formação recepcione as áreas do conhecimento que contemplem os fatores psicossociais e a subjetividade humana, para que se aproprie das especificidades do seu projeto terapêutico singular em sua Unidade de Referência a qualquer tempo. A prefeitura alega que a proposição invade a competência do Executivo.

Será votado ainda veto parcial ao projeto de lei 10.836/22, que institui o selo “Pet Friendly” na cidade de Campo Grande, como forma de certificação oficial aos estabelecimentos públicos ou privados que promovam o bem-estar animal. A proposta foi apresentada pelo então vereador Prof. João Rocha. A prefeitura vetou dois artigos da proposta que contempla como esse selo deve ser confeccionado e prevê a realização de campanhas sobre a lei.

Por – Alberto Gonçalves  

Confira mais notícias na edição impressa do Jornal O Estado do MS.

Confira as redes sociais do O Estado Online no Facebook e Instagram.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *