Secretária de finanças diz que não há irregularidade nas contas da Prefeitura

Foto: Beatriz Feldens
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Em audiência pública para prestação de contas ocorrida na manhã desta sexta-feira (27) na Câmera de Vereadores da Capital, a secretária de finanças de Campo Grande, Márcia Helena Hokama, esclareceu sobre as possíveis contas públicas deixadas pelo ex-prefeito Marquinhos Trad (PSD) durante sua gestão. Embora a prestação de contas fosse aberta ao público, a Casa estava vazia.

“As contas estão totalmente em dia, não há nenhuma procedência no que estão dizendo. Eu vim do tribunal de contas, eu sou auditora de lá e eu tenho certeza de que essas contas então totalmente corretas. O que ele (Marquinhos Trad) está dizendo é totalmente verdadeiro, ele deixou mais de R$ 300 milhões sim nos cofres, inclusive décimo terceiro provisionado”, explicou a secretária.

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Questionada sobre uma possível fraude nos cofres municipais, Maria Helena diz que é impossível que isso ocorra. “Não há como fazer nenhum tipo de ‘maquiagem’, como estão dizendo, não há como levantar algum indicio de irregularidade, porque não existe. Isso que estão dizendo é totalmente improcedente, com toda a certeza eu posso te afirmar”.

Para o vereador Marcos Tabosa (PDT), mesmo com a secretária dizendo que tudo está correto, seria preciso uma segunda opinião.

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“Tudo tem que ser construído aqui dentro dessa Casa. Alguns vereadores levantaram essa questão, e eu acho que nós temos que sentar e avaliar. A gente respeita a secretária de finanças, ela veio do TCU (Tribunal de Contas da União), tem um histórico muito impressionante mas, acho sempre bom ter uma segunda opinião e para nós termos uma segunda opinião, temos que ter técnicos capacitados como ela, que entre para dentro do setor público”, opõe Tabosa.

 

Já o vereador Otávio Trad (PSD) diz que não é possível levantar uma questão como essa de forma política. “Quando há denúncias de discrepâncias numéricas, a gente tem que apresentar números, conhecimento sobre o assunto. Hoje era o momento para isso, era o momento da gente chegar e discutir ponto por ponto das contas da prefeitura. Aqui é a discussão técnica, e não tem como falar sobre divergência de números e não discutir tecnicamente. Eu vejo hoje que Campo Grande está equilibrada economicamente. Uma discussão apenas de via política, o PSD não vai admitir”.

A secretária de Finanças comentou de forma semelhante ao vereador. “Eu acredito que há um cunho eleitoreiro no fundo. Porque o que estão dizendo é inverdade, se fosse verdade eu poderia dizer mas, não existe nenhuma possibilidade no que estão dizendo. Então eu acredito sim que haja uma expectativa de ser algo eleitoreiro”, comenta.

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Questionado sobre o resultado da audiência, o presidente da comissão orçamentaria, o vereador Betinho (Republicanos) disse ter ficado satisfeito com o que foi apresentado.

“A gente percebe uma responsabilidade na questão da gestão financeira, tínhamos uma preocupação se esses gastos estavam aumentando mas o que a gente viu foi na verdade um enxugamento. A receita vem crescendo, eu acredito que nesse ritmo temos uma projeção de orçamento melhor e isso facilita para que tenhamos condição de construir um orçamento melhor para 2023, contemplando melhor as necessidades da população de Campo Grande. Contra fatos não há argumentos”.

Sobre os servidores, Márcia Helena disse que não é possível comentar ainda, que espera uma construção de diálogo com as categorias e que a prefeitura não tem interesse em vetar projetos.

“De aumentos de servidores eu ainda não posso falar sobre, porque preciso ver sobre o que vocês estão falando. O que estamos abertos para a construção de dialogo, para que esses projetos cheguem antes, que seja estudado pelas equipes técnicas, porque a prefeita não tem nenhum interesse em vetar os projetos da Câmara, muito pelo contrário,  nós estamos para ajudar toda essa construção, que afinal de contas o grande beneficiário de quaisquer projetos é a população, não é a prefeitura, ou os poderes executivo e legislativo. Estamos abertos a constrição de novos diálogos, não há interesse em promover os vetos”.

O vereador Papy (SD), vice-presidente da comissão, não estava presente na audiência.

Com informações da repórter Beatriz Feldens.

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