Santa Casa, Prefeitura e Governo divergem sobre repasses

divulgação Câmara
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Representantes da Santa Casa, da Secretarias Municipal e de Estado de Saúde (Sesau) participaram de audiência publica promovida pela Câmara Municipal debatendo a crise financeira do maior estabelecimento hospitalar de Mato Grosso do Sul. O diretor de Estratégia e Negócios da Santa Casa, João Marchezan, afirmou durante audiência na Câmara Municipal de Campo Grande que o valor do contrato de repasse está estagnado desde 2019, em R$ 23.936 milhões. “Em junho de 2020 já estávamos com esse valor muito defasado e fizemos uma operação em relação a receita, pois a Santa Casa vinha amargando déficit mensal de R$ 12 milhões”, expôs o diretor. Colocando como base o IGPM, o contrato deveria passar para R$ 38,3 milhões.
Marchezan esclareceu ainda que o repasse passaria para R$ 28,04 milhões, mas por conta da contratualização de novos serviços, sem alterar o déficit nas contas. Os aditivos foram de R$ 4,1 milhões, sendo R$ 2,2 milhões do Estado, R$ 1,2 milhão do Município e R$ 695 mil federal para serviços como neonatologia e leitos de psiquiatria. No entanto, ele esclareceu que são novos serviços que estão sendo ofertados e não valores para atualizar a contratualização.
O secretário-adjunto de Saúde, Rogério Souto, participou representando o secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho e a superintendente da Sesau Eliana Dalla Nora Franco,, apresentou os números do convênio. Ela apontou que em 2017 eram repassados R$ 21.564 milhões e, conforme a última reunião, o valor passou para R$ 28.045 milhões.
Já o secretário estadual de Saúde, Flávio Britto, ressaltou a necessidade de propostas concretas. Ele disse que o Estado já se comprometeu a repassar R$ 2 para cada real investido pelo Município. Mencionou ainda o que o Hospital do Trauma receberia R$ 7 milhões do Governo Federal, mas tem recebido apenas R$ 1 milhão, sendo quase R$ 2 milhões de aporte do Estado.

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