A nova ministra das Mulheres, Márcia Lopes, assumiu oficialmente o cargo nessa segunda-feira (5), destacando que sua gestão será baseada no diálogo, escuta e articulação interministerial. Em entrevista coletiva concedida ao lado da ex-ministra Cida Gonçalves, que deixou o cargo no mesmo dia, Márcia afirmou que vai trabalhar para garantir os direitos das mulheres em parceria com outros ministérios, estados, municípios e movimentos sociais.
“Não é desse ministério que sai a execução direta dos serviços, as políticas públicas setoriais”, explicou Márcia, reforçando que o papel da pasta será o de articular e integrar ações para que alcancem todo o país. “Vamos ser uma grande força que chegue aos estados, que dialogue com governadores, prefeitos, sociedade civil, movimentos sociais”, acrescentou.
A troca no comando do ministério foi tratada como tranquila por ambas as ministras. Cida Gonçalves negou rumores sobre denúncias de assédio ou crise interna e afirmou que a mudança foi resultado de uma conversa serena com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Márcia Lopes também descreveu o diálogo com Lula, com a ministra Gleisi Hoffmann e com Cida como “uma boa conversa”.
Sobre a crescente violência contra mulheres, Márcia defendeu que não basta investir apenas em campanhas de conscientização. “Temos que mudar a cultura machista, algo que foi banalizado e naturalizado. As mulheres até hoje sofrem tanto, se colocando como subalternas”, afirmou.
A nova ministra prometeu iniciar sua gestão ouvindo o Conselho Nacional dos Direitos das Mulheres, com quem pretende se reunir ainda nesta semana. Segundo ela, o objetivo do governo Lula é garantir que todas as mulheres se sintam “respeitadas, acolhidas, ouvidas”.
Quem é Márcia Lopes
Márcia Helena Carvalho Lopes é assistente social e professora aposentada da Universidade Estadual de Londrina (UEL), no Paraná. Possui ampla experiência na área de políticas sociais, com ênfase em assistência social, gestão pública e políticas setoriais.
Ela já ocupou cargo de ministra, tendo comandado o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome em 2010, durante os governos Lula e Dilma. Márcia também integrou a equipe de transição do presidente Lula em 2022, colaborando com o núcleo de assistência social.
Filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT), foi candidata à Prefeitura de Londrina em 2012, quando obteve mais de 38 mil votos e ficou em terceiro lugar. Márcia é irmã de Gilberto Carvalho, ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência e figura histórica do entorno político de Lula.
Com informações do SBT News
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