O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem viagem marcada para a China nos dias 12 e 13 de maio, onde se encontrará com o presidente chinês Xi Jinping durante a Cúpula entre a China e os países da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). Esta será a segunda visita oficial de Lula ao país asiático em seu terceiro mandato. A primeira ocorreu em abril de 2023.
O encontro acontece em um momento delicado no cenário internacional, marcado pela intensificação da guerra comercial entre China e Estados Unidos. Na última sexta-feira (11), o governo chinês anunciou um novo aumento nas tarifas sobre produtos norte-americanos, elevando as taxas de 84% para 125%. A medida amplia ainda mais as tensões comerciais entre as duas maiores potências econômicas do mundo.
No mesmo contexto, Lula sancionou recentemente a Lei de Reciprocidade, que autoriza o Brasil a aplicar medidas contra países que imponham barreiras comerciais a produtos brasileiros no mercado global — uma resposta que pode afetar diretamente relações com os EUA.
Passagem pela Rússia
Antes de desembarcar em território chinês, Lula deve fazer uma parada na Rússia, a convite do presidente Vladimir Putin. O chefe do Executivo brasileiro participará das celebrações dos 80 anos da vitória da União Soviética sobre a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial — evento simbólico que reforça laços diplomáticos com Moscou em meio à guerra na Ucrânia e às tensões com o Ocidente.
A agenda internacional de Lula reflete a estratégia de posicionamento do Brasil como um ator relevante no equilíbrio geopolítico global, buscando fortalecer laços com países do Brics e ampliar o diálogo com parceiros estratégicos fora do eixo tradicional EUA-Europa.
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