Lula diz que Brasil está seguro diante de tarifas de Trump e cita reservas cambiais como proteção

Foto: Ricardo Stuckert/PR
Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nessa segunda-feira (7) que o Brasil está economicamente seguro mesmo com a escalada da guerra comercial entre Estados Unidos e China, e a imposição de tarifas pelo presidente americano Donald Trump a diversos países, inclusive o Brasil. A declaração foi feita durante uma cerimônia em Cajamar (SP), no evento de anúncio de novos investimentos e contratações do Mercado Livre.

“Mesmo o presidente Trump falando o que ele quer, o Brasil está seguro porque nós temos um colchão de US$ 350 bilhões que dá ao Brasil e ao Fernando Haddad [ministro da Fazenda] uma certa tranquilidade”, disse Lula, ao comentar o cenário internacional.

O presidente também lembrou que, durante seu governo anterior, o Brasil quitou a dívida externa e formou reservas internacionais robustas.

“Nós pagamos a dívida externa brasileira, US$ 30 bilhões. Nós, pela primeira vez, fizemos uma reserva de US$ 370 bilhões, o que segura esse país até hoje contra qualquer crise, qualquer crise”, completou.

Guerra comercial e instabilidade

As falas de Lula ocorrem em meio a um dia de instabilidade nos mercados financeiros globais, provocada pelo agravamento das tensões comerciais entre os EUA e a China. As novas tarifas impostas pelos Estados Unidos passaram a valer no último sábado (5), afetando produtos de mais de 180 países. Os produtos brasileiros foram taxados em 10%, enquanto os chineses enfrentam uma tarifa de 34%.

Como resposta, a China também aplicou tarifas de mesmo valor sobre produtos norte-americanos, intensificando o embate entre as duas maiores economias do mundo. Nesta segunda, Trump voltou a ameaçar aumentar as tarifas em mais 50%, caso os chineses não recuem da medida.

No Brasil, a tensão externa se refletiu no câmbio. O dólar fechou o dia cotado a R$ 5,91, com alta de 1,29%, impulsionado pelo aumento da aversão ao risco e pela volatilidade nos mercados.

O governo brasileiro ainda não anunciou contramedidas às novas tarifas, mas sinalizou que acompanha os desdobramentos internacionais com atenção.

 

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