Dia da visibilidade trans ressalta sonhos e maiores direitos sociais para a população LGBTQIA+ em MS

Foto:  Paula Maciulevicius
Foto: Paula Maciulevicius

Eum dia marcado pela celebração da Visibilidade Trans, homens e mulheres trans de Mato Grosso do Sul compartilham suas histórias de resistência, sobrevivência e militância, destacando aspirações para além do cenário ainda desafiador. O subsecretário de Políticas Públicas para a População LGBTQIA+, Vagner Campos, ressalta o compromisso do estado na construção coletiva de políticas públicas que garantam a cidadania e respeito aos direitos conquistados pelos movimentos sociais.

A coragem de se assumir transgênero é tema central das narrativas. Um adolescente de 17 anos, ao lado da mãe, compartilha sua experiência de transição iniciada há pouco mais de um ano. Após enfrentar a falta de acolhimento na escola, ele expressa a importância de ser reconhecido pelo pronome correto e pelo nome escolhido. O sonho vai além da mera visibilidade no calendário: ele aspira a presença trans em todos os âmbitos da sociedade, como na televisão, nas empresas e na cultura.

Tatuador e Sonhador

Geovanny Guedes, agente de call center, vive seu primeiro Dia da Visibilidade Trans após se aceitar em 2023. Influenciado por iniciativas do Centro Estadual da Cidadania LGBTQIA+, ele destaca a importância de ações que promovem respeito e informação no ambiente de trabalho. Além disso, Geovanny compartilha seu sonho de se profissionalizar como tatuador, expressando sua paixão por desenhos e a vontade de criar arte na pele.

Acesso e Ocupação de Espaços

Emy, mediadora e produtora cultural, professora de Artes, é conhecida como Afro Queer. Aos 24 anos, ela destaca a importância da tecnologia trans na busca por acesso e ocupação de espaços na sociedade. Defendendo a vivência dentro do sistema como forma de resistência, ela enxerga o futuro como algo que se constrói no presente. Celebrar o Dia da Visibilidade é, para Emy, celebrar a vida, a saúde e os caminhos percorridos.

Desafiando Estatísticas: 60 Anos com Orgulho

Cláudia Assunção Pompeu, aos 60 anos, é uma trans sobrevivente e militante há duas décadas. Vice-presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Dourados, ela ultrapassou em 15 anos a expectativa de vida de mulheres trans no Brasil. Cláudia ressalta a necessidade de políticas públicas que vão além da violência doméstica e destaca a importância de ocupar espaços e projetar vidas para o futuro.

Avanços em Mato Grosso do Sul

Mato Grosso do Sul se destaca como pioneiro na garantia de direitos à população LGBTQIA+. Desde 1995, o estado implementa legislações que incluem a obrigatoriedade de inclusão da matéria “Orientação Sexual” nos currículos das escolas estaduais. Em 2005, foi sancionada a Lei nº 3.157, combatendo a discriminação por orientação sexual. O Centro Estadual da Cidadania LGBTQIA+ oferece serviços como retificação de nome e gênero, registro de denúncias, acolhimento psicossocial e orientação.

No cenário estadual, o Dia da Visibilidade Trans não é apenas uma data comemorativa, mas um marco de luta, resistência e celebração das conquistas e dos sonhos que continuam a inspirar a comunidade trans em Mato Grosso do Sul.

Com informações de Paula Maciulevicius, Comunicação Governo de MS

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