Acabou o primeiro turno das eleições, e o clã da família Trad sofreu uma vergonhosa derrota entre os pleitos que disputou. A primeira delas é do ex-prefeito Marquinhos Trad (PSD), que renunciou à Prefeitura de Campo Grande, em abril para disputar as eleições como candidato a governo do Estado, e ficou em sexto lugar no ranking com inexpressivos 124.795 votos, e 8,68% do percentual. O irmão dele, deputado Fábio Trad (PSD), também não conseguiu ser reeleito e teve 43.881 votos.
Agora, o clã Trad permanece apenas com o senador Nelsinho Trad, com mandato eleitoral. Marquinhos sofreu um grande revés durante a campanha ao ser acusado de assédio sexual e investigações em inquérito da Polícia Civil.
Para o analista político Tercio Albuquerque, a maior derrota eleitoral deste ano foi dele. “A derrocada política final de Marquinhos Trad que agora, sem dúvida, não vai conseguir mais se posicionar politicamente com facilidade. Ele errou na sua estratégia a partir do momento que deixou a Prefeitura de Campo Grande, onde era bem avaliado. Ele deveria permanecer no exercício do mandato até a conclusão, e depois então, guindar um outro mandato até para governo mesmo. E infelizmente ele não se deu bem, e sofreu os ataques naturais decorrentes dos atos investigados em relação às mulheres.”
Tercio afirma que a candidatura de Marquinhos foi a mais derrotada por conta dos processos de Trad, tanto que ele ficou abaixo de Giselle Marques, do PT, e que não tem histórico político. “Ela conseguiu suplantá-lo, e consegue derrotar alguém que faz parte de um feudo familiar em MS, que é a família Trad, que dessa vez não conseguiu eleger ninguém.”
Por Rayani Santa Cruz – Jornal O Estado do MS.
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