A discussão ideológica no âmbito das escolas foi tema de debate levado à tribuna pelo deputado Rafael Tavares (PRTB), na sessão da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS) de quarta-feira (7). Por outro lado, Pedro Kemp (PT) mostrou preocupação com este tipo de posicionamento, pois considera uma censura à liberdade de expressão do professor.
Rafael Tavares fez denúncia de uma suposta doutrinação numa escola e cobrou providência da Secretaria de Estado de Educação. “Uma professora estaria fazendo doutrinação ideológica na Escola Estadual Joaquim Murtinho, dizendo que Lula é de centro-esquerda moderado e Bolsonaro de extrema direita fascista. É uma opinião dela, não é um conteúdo curricular. A liberdade de ensinar jamais deve ser confundida com a doutrinação política”, disse Tavares.
Pedro Kemp fez questão de usar a tribuna para dizer que os professores estão com medo de serem gravados em sala de aula e denunciados por doutrinação ideológica. “Os profissionais estão cumprindo o papel de ensinar o que está previsto no currículo. Deve-se tomar cuidado com denúncias sem antes ouvir os professores. Não podemos impedir o debate político nas escolas. O aluno deve ter a oportunidade de conhecer várias opiniões para formar a sua”, afirmou.
Na opinião do deputado Zé Teixeira (PSDB), os professores devem sempre ser valorizados e seguir uma grade pré-estabelecida para a disciplina pela qual se encontra responsável. “A educação é dever da família, enquanto o saber é responsabilidade dos professores”.
Para o presidente da Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia, Professor Rinaldo Modesto (Podemos), o ativismo deve ser evitado. “Em todas as áreas da vida, o extremismo é prejudicial”, acrescentou em aparte. Acesse também: Energisa aumenta número de clientes e lucra R$ 118,6 milhões, no trimestre
Com informações da Assembleia Legislativa de MS
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