Preparando a fogueira
Já na primeira semana de junho, dois dos maiores partidos do país, PT e PSDB, devem começar a encaminhar o seu futuro na disputa eleitoral de 2026 e estas primeiras decisões devem ter reflexos em diversas outras siglas, inclusive levando à extinção de algumas. Toda essa movimentação está levando políticos com mandato a viver momentos de aflição, pois começam a não ter mais certeza da reeleição.
O primeiro resultado destas fusões, incorporações, federações que estão em curso será a redução de partidos e, com isso, um número menor de vagas, o que consequentemente reduzirá a quantidade de candidatos. Tendo menos candidatos, fatalmente a disputa será mais acirrada, até porque, para assegurar uma vaga, o pretendente terá que conseguir uma votação bem mais expressiva.
Silêncio
O PSD continua com um recolhimento em relação ao futuro do senador Nelsinho Trad. Alguns dos integrantes da sigla, já acertados com o governador Eduardo Riedel, temem que ele leve o partido a apoiar uma possível candidatura da senadora Tereza Cristina ao Governo do Estado.
Porteira aberta
Por enquanto, está crescendo a desconfiança de que o projeto de levar com porteira fechada os políticos do PSDB para onde Eduardo Riedel e Reinaldo Azambuja se filiarem não se concretizará. Qualquer que seja o destino, vai ter gente ficando pelo caminho.
Republicanos
A federação do MDB com o Republicanos pode ter azedado o projeto de alguns políticos, como o deputado federal Beto Pereira, pois, dependendo de quem assumirá o comando em MS, dificilmente Beto vai ter a força que precisa para se reeleger.
Renascer
Alguns políticos do antigo MDB que chegaram a anunciar aposentadoria estão animados com a possibilidade de federação com os Republicanos da Igreja Universal. É que eles ainda acreditam poder recuperar cânticos eleitorais que, na soma com o voto fiel dos seguidores de Edir Macedo, podem voltar ao poder.
Barulhentos
Alguns políticos de direita começam a temer que o barulho feito principalmente pela extrema-direita com pautas como o movimento antivacina possa atrapalhar o desempenho eleitoral. Algumas pesquisas já sinalizam neste sentido.
Com novos candidatos
Entre os Tucanos já em fase de extinção, a expectativa é de que teremos de quatro a cinco candidatos ao Governo do Estado sendo dois de esquerda e outros três de centro e de direita. Tudo isso deve ser resultado da rearrumação partidária que já está se desenvolvendo.
Meninos eu vi
O ex-prefeito de Dourados José Elias Moreira, quando concorreu ao Governo do estado na eleição de 1982 como o candidato apoiado pelo então governador Pedro Pedrossian contra Wilson Martins, viu suas chances ficarem reduzidas. Já no final da campanha, um dia, ficaram algumas horas na sala de espera da Governadoria para serem recebidas pelo governador. Ao ser indagada se a presença de Pedrossian na sua campanha estava fazendo a diferença, ele, com sua tradicional calma, respondeu.
– Na verdade, eu vim perguntar quando ele vai entrar na campanha.
“Conversei com o governador Riedel, que apoia a ideia, então são seis governadores que praticamente poderiam organizar um grande projeto para o País.” – Michel Temer (MDB). Ex-presidente da República
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