Confira a coluna ‘segredos de estado’

Laureano Secundo
Foto: Valentim Manieri

Ciscar para dentro 

A conquista de uma vitória em uma eleição majoritária depende muito da leitura do quadro eleitoral a cada etapa da campanha, pois isso define a escolha do partido, a definição das alianças, a composição do quadro de candidatos proporcionais. A frase “ciscar para dentro” sempre foi muito repetida e tem como significado atrair apoios que resultem na obtenção de votos que não estariam ao alcance do candidato por várias razões, sendo a principal delas a falta de afinidade ideológica. 

Atrair votos de adversários em qualquer fase da campanha pode agregar muito ao candidato, assim como fechar portas também pode ser um fator decisivo, especialmente na reta final da campanha. Saber como definir as composições é fundamental, pois a cabeça do eleitor funciona diferente e muitas vezes votos com ideologia antagônicas podem se unir, dependendo dos interesses dos grupos que se aliam, mas também uma aliança mal articulada pode proporcionar desgastes irreversíveis. 

Aliados

A duração da aliança entre Reinaldo Azambuja e Eduardo Riedel é um tema recorrente dentro do PSDB e muitos acreditam que vai depender muito do resultado eleitoral de 2024, quando se saberá quem realmente teve influência em vitórias e derrotas do partido nos 79 municípios do Estado. 

Nó 

O nome do até agora pré-candidato a prefeito de Campo Grande, Pedro Pedrossian Neto, do PSD, passou a ser considerado como primeira opção para vice na chapa encabeçada pela prefeita Adriane Lopes. Antes, o nome mais forte era o do também deputado estadual Coronel David, do PL, que, no entanto, caminha para ter um candidato majoritário. 

Dando tiro 

O prefeito de Dourados, Alan Guedes, está dando tiro para tudo quanto é lado, sendo que depois do PL, tentou o PT e agora volta a se aproximar do PSDB, na tentativa de buscar um aliado forte para a composição da sua chapa. Por enquanto, é só conversa. 

Força de Simone 

Caso venha a assumir o destacado Ministério da Justiça, Simone Tebet sairá da sombra de Fernando Haddad, pois como ministra do Planejamento normalmente sempre passa a impressão de que é coadjuvante do titular da pasta da Fazenda, pois é dele a penúltima palavra sobre as decisões do Governo, já a última, é sempre do presidente Lula. 

Candidatas 

O número de candidatas mulheres a cargos majoritários na eleição de 2024 pode surpreender, sendo que em algun municípios a disputa principal será entre elas. A expectativa é de que o número de prefeitas seja recorde, já para vereador, ainda não se tem muita notícia. 

De saída 

A ex-deputada federal Bia Cavassa deve sair do PSDB nos próximos dias e o destino pode ser o PP e, caso isso venha a se confirmar, vai dobrar de tamanho o distanciamento político entre o ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e a senadora Tereza Cristina (PP). 

Meninos, eu vi 

Quando ocupou a presidência da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, o deputado Roberto Orro era uma figura bem tranquila e mesmo durante os debates mais acirrados, abria um sorriso diante dos oradores mais exaltados que ocupavam a tribuna e o microfone de apartes. Num dos muitos confrontos ele se viu cobrado pelo seu colega de parlamento, Onevan de Matos, que estava querendo um aparte no pronunciamento de Valdomiro Gonçalves, que não lhe concedia. Isso o fez pedir a intervenção do presidente, que reagiu com a seguinte frase: – Percebeu como eu me sentia quando o senhor também não me permitia um aparte?

“Sou a favor de mandato de ministro do Supremo Tribunal Federal” Nelsinho Trad (PSD), senador

Por Laureano Secundo. 

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