Câmara Municipal já dá sinais de que CPI da Santa Casa ficará para o segundo semestre

Presidente da Câmara, vereador Epaminondas Neto, não tem pressa em concluir análise - Foto: divulgação
Presidente da Câmara, vereador Epaminondas Neto, não tem pressa em concluir análise - Foto: divulgação

Mesa diretora recebeu informações da direção do Hospital e analisa antes de decidir se instala a CPI

 

Uma definição sobre a instalação de CPI que irá investigar a situação da Santa Casa deve ficar para o segundo semestre. Os vereadores receberam na última semana uma volumosa remessa de documentos enviados pela própria Santa Casa de Campo Grande, contendo informações financeiras detalhadas dos últimos meses.

Segundo o presidente da Câmara, vereador Epaminondas Neto, o Papy (PSDB), o material foi disponibilizado por meio de um link digital, devido à sua extensão. O parlamentar ressaltou ainda que, por se tratar de dados sensíveis e protegidos pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), houve um atraso no envio, mas os dados finalmente chegaram. “Já percebi que os vereadores analisaram algumas coisas. Tem indícios de questões a serem investigadas ou pelo menos esclarecidas”, declarou.

A complexidade dos documentos preocupa os legisladores. “O custo é bem complexo de compreender e simplificar para a população de Campo Grande. Não é um assunto fácil de tratar”, completou Papy, enfatizando que a contratualização entre o poder público e entidades filantrópicas de direito privado, como a Santa Casa, exige atenção redobrada.

Paralelamente ao recebimento dos documentos, o vereador Rafael Tavares (PL) protocolou nesta terça-feira (10) o ofício na Câmara e explicou que o pedido está agora sob análise da Procuradoria da Casa, que emitirá parecer jurídico para definir a legalidade da abertura da CPI.

O parlamentar apontou ainda que a entrega dos documentos pela Santa Casa ocorreu coincidentemente no mesmo dia em que o ofício com o pedido da CPI foi protocolado. “Parece que teve que realmente ter esse empurrãozinho para eles darem atenção aos vereadores”, observou. Ainda assim, Tavares ressaltou que a documentação entregue, embora relevante, não inviabiliza a instalação da CPI.

“A crise da Santa Casa não começou nos últimos 12 meses. O colapso financeiro vem de longa data, e uma CPI nos permite ouvir quem trabalhou e trabalha na instituição, o diretor financeiro, e investigar as empresas que prestaram serviços ao longo dos anos. Precisamos entender a raiz do problema”, afirmou.

Nos últimos dias, a gravidade da situação foi simbolizada pelo fechamento temporário do pronto-socorro da instituição, episódio que, segundo Tavares, pode ter consequências graves. A proposta de CPI dificilmente será apreciada pelas instâncias internas da Câmara Municipal nos próximos dias.

 

Por Brunna Paula

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