Bolsonaro passa por cirurgia de remoção de lesões na pele em Brasília e recebe alta no mesmo dia

Foto: reprodução/redes sociais
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de 70 anos, deixou sua residência em Brasília na manhã de domingo (14) para realizar uma cirurgia de remoção de lesões na pele. Em prisão domiciliar desde 4 de agosto, ele foi escoltado por agentes da Polícia Federal e da Polícia Penal até o Hospital DF Star, onde chegou por volta das 8h. A ida ao hospital havia sido autorizada na quarta-feira (10) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

O procedimento começou às 10h e foi conduzido pelo cirurgião Cláudio Birolini, que já havia operado Bolsonaro em abril deste ano por problemas intestinais. A equipe médica realizou a exérese (retirada) de oito lesões de pele localizadas no tronco e no braço direito, sob anestesia local e sedação. Também foi feita reposição de ferro por via endovenosa após exames laboratoriais apontarem anemia por deficiência de ferro. Uma tomografia identificou ainda imagem residual de pneumonia recente por broncoaspiração.

Segundo o boletim médico, o procedimento transcorreu sem intercorrências, e o ex-presidente recebeu alta por volta das 14h, retornando para casa sob escolta policial. As lesões foram encaminhadas para biópsia, e o resultado deverá sair nos próximos dias para avaliação de eventual necessidade de tratamento complementar.

Birolini descreveu o estado de saúde de Bolsonaro como “bastante fragilizado”, citando a idade e o histórico de múltiplas cirurgias. “Identificamos um quadro de anemia, provavelmente por alimentação inadequada no último mês. Seguiremos acompanhando, inclusive questões relacionadas à obstrução intestinal e pneumonias que ele vem apresentando”, afirmou.

A autorização para a cirurgia não suspende as medidas cautelares impostas pelo STF. A defesa do ex-presidente tem até 48 horas para apresentar ao tribunal um atestado com a data e os horários de entrada e saída do hospital.

Na última quinta-feira (11), Bolsonaro foi condenado pela Primeira Turma do STF a 27 anos e 3 meses de prisão pelos crimes de tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022 e outros quatro delitos. O placar foi de 4 a 1, com voto divergente do ministro Luiz Fux, que questionou a competência do Supremo para julgar o caso. A defesa estuda recorrer da decisão.

Além do tratamento pós-cirúrgico, Bolsonaro seguirá em acompanhamento médico para hipertensão, refluxo gastroesofágico e prevenção de novos episódios de broncoaspiração, conforme orientação da equipe do Hospital DF Star.

 

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