Na madrugada desta quarta-feira (23), quatro homens foram presos em flagrante pela Polícia Militar após uma tentativa de arremesso de drogas para dentro do presídio de segurança máxima de Campo Grande. A ação aconteceu no Jardim Noroeste, onde os suspeitos foram abordados na Rua Indianápolis com entorpecentes dentro de um veículo.
Segundo informações do boletim de ocorrência, os policiais foram acionados inicialmente para verificar uma denúncia na Rua das Perdizes, próximo ao cruzamento com a Rua Bananal, onde populares relataram que homens armados estavam ameaçando pessoas. Com base nas informações repassadas, a equipe policial iniciou patrulhamento e, ao seguir pela Rua Piraputanga em direção ao presídio, cruzou com um Ford Fiesta prata, veículo citado na denúncia.
Ao tentarem abordar o carro, os ocupantes desviaram o trajeto, acessando a Rua Marília e, na sequência, a Rua Indianápolis. A perseguição terminou com a abordagem do veículo, onde foram encontradas quatro bolotas de droga. Durante varredura na região, diversas trouxas de entorpecentes foram localizadas espalhadas pela extensão da Rua Marília, entre as ruas Indianápolis e Piraputanga.
Os quatro detidos foram identificados como Jean Matheus Gama da Silva Cristaldo, 20 anos; Bruno Ribas de Avelar, 25 anos; Gustavo Henrique da Silva Braga Albino, 24 anos; e Gelson Ribeiro, 54 anos. Durante entrevista com os suspeitos, a polícia identificou várias contradições nas versões apresentadas, especialmente entre Jean, apontado como o líder da ação, e Bruno, que conduzia o veículo.
Inicialmente, Bruno afirmou ser motorista de aplicativo e que havia apenas aceitado uma corrida. Já Jean alegou ter contratado o vizinho Bruno para levá-lo até o local do crime. Com o avanço das investigações no local, Jean acabou confessando que tinha sido contratado por um detento da penitenciária para arremessar drogas para dentro do presídio. Segundo ele, a operação era organizada por celular, e ele contratava ajudantes: um para o arremesso e outro para dirigir o veículo, pagando R$ 500 e R$ 1.000, respectivamente.
Ainda de acordo com o registro policial, Jean ainda revelou que essa seria a segunda vez que utilizava os serviços de Bruno, e que o motorista já havia participado de outra entrega no último dia 20 de abril. De acordo com o relato, Bruno deixava os comparsas a cerca de duas quadras do presídio, de onde seguiam a pé até a muralha para tentar o arremesso.
Nesta madrugada, porém, os suspeitos relataram que foram recebidos a tiros por policiais penais, o que frustrou a ação criminosa. O quarto envolvido, Gelson Ribeiro, que se apresentou como tio de Bruno, disse desconhecer a atividade ilegal e afirmou ter apenas acompanhado o sobrinho em uma corrida.
Os suspeitos, assim como o veículo e os entorpecentes apreendidos, foram encaminhados para a Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (Denar). O caso foi registrado na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Cepol como tráfico de drogas.
Jean Matheus e Gustavo Henrique já possuem antecedentes criminais por tráfico, sendo que Jean também tem passagem por furto. Não foram localizados registros criminais anteriores em nome de Bruno e Gelson.
A polícia segue investigando possíveis conexões com o sistema prisional e a atuação de motoristas de aplicativo no tráfico de drogas na região.
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