Policial se irrita e algema enfermeiro após profissional perguntar nome de vítima

enfermeiro
Foto: divulgação

Um policial militar algemou e deu ordem de prisão a um enfermeiro na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Leblon, em Campo Grande. O motivo seria que o funcionário teria perguntado o nome da vítima que foi socorrida pelo policial. O caso ocorreu no domingo (24), entretanto ganhou repercussão apenas hoje.

O policial teria socorrido uma vítima de violência domestica e a levou para a área vermelha da unidade. Durante o atendimento, o enfermeiro perguntou o nome da mulher, o que irritou o policial. Segundo o PM, a identificação, naquele momento, não era importante. O funcionário de saúde não acatou às ordens e justificou que a identificação fazia parte do procedimento médico.

Após alguns minutos de discussão, o policial deu ordem de prisão, o que atrasou ainda mais o atendimento à mulher.

O enfermeiro foi levado para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol, mas o delegado de plantão entendeu que não houve nenhum tipo de conduta criminosa e o enfermeiro foi liberado.

Procurada, a Sesau emitiu uma nota sobre o caso. Nela, secretaria ressaltou que por se tratar de violência doméstica é necessário realizar a notificação compulsória do caso presente na unidade. Além disso, ela lamentou a truculência por parte do policial.

Confira a nota completa

O servidor em questão realizava suas atividades de rotina no atendimento, triagem e identificação à paciente, uma vez que por se tratar de violência doméstica é necessário realizar a notificação compulsória do caso presente na unidade. Ressaltamos que todo o atendimento necessário à paciente foi prestado mesmo após o ocorrido entre o servidor da Sesau e o policial militar em questão, e que a paciente evadiu-se da unidade após o acontecido.
A Secretaria lamenta o ocorrido e reforça que acompanha o caso de perto, sendo prestado o suporte necessário ao servidor, que após o fato não possuía condições psicológicas de retornar ao plantão. A Sesau reforça também que tamanha truculência durante a realização das atividades básicas do enfermeiro, impedindo o atendimento e garantia à vida do paciente afetou, não somente o atendimento da paciente encaminhada à unidade por aquela equipe, como também o do restante da população que aguardava pelo serviço de saúde na unidade naquele momento.

 

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