Polícia desmonta quadrilha do falso “consórcio premiado”

Foto: João Gabriel Vilalba
Foto: João Gabriel Vilalba

Foi preso por policiais da Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo) na manhã desta sexta-feira (21), homem de 27 anos, integrante de uma quadrilha que aplicava o golpe do “Consórcio Premiado”. A prisão aconteceu, no bairro Estrela Parque, em Campo Grande.

O suspeito segundo a polícia, havia ameaçado um vendedor, vizinho de loja, com uma arma de fogo em uma galeria onde salas eram alugas por hora para a execuçã dos crimes, além de já estar sendo investigado por aplicar o golpe do “Falso Consórcio”.  Na ocasião, junto ao homem foram apreendidos animais silvestres e 20 munições deflagradas.

Na manhã de hoje (21), durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão na casa do suspeito, a PMA (Polícia Militar Ambiental), foi acionada para recolher duas serpentes, da espécie cobra rei, um papagaio e um lagarto. No local conforme a polícia foram localizados inúmeros contratos de falso consórcio.

Foto: Divulgação PCMS

Ao O Estado Online, o delegado titular da Decon, Reginaldo Salomão, detalhou como a quadrilha age para coptar vítimas. Salomão diz que, salas são alugadas por hora, afim de demonstrar segurança às vítimas.

As vítimas são coptadas por meio de plataformas de compra e venda em contas pessoais dos comparsas. Nos postes, a quadrilha divulga financiamento de veículos e imóveis. Na sequência, diz o delegado que os interessados entram em contato, sendo marcado um horário para o suposto cliente ir até uma das salas alugadas.

Coptados, clientes dão tudo que tem de entrada

No encontro nas salas alugadas o cliente leva todos os documentos, fecha negócio, acreditando que irá adquirir carta de crédito já contemplada. Após a entrega dos documentos e assinatura de falsa apolicie, a quadrilha estima sete dias para que o cliente sacar o dinheiro. Ao perceberem que na data estipulada o dinheiro não cai a vítima procura o endereço e é novamente enganada até que os bandidos, segundo a polícia, mudem de região.

Neste inquérito, conforme o delegado, 4 pessoas são investigadas que também teriam aprendido a atuar como estelionatários com outros dois criminosos que moram em outro estado. O grupo, além de toda a estrutura para dar golpe, ainda recruta trabalhadores para vender os falsos consórcios. Quando os supostos empregados descobrem, alguns acionam a polícia já outros, segundo a investigação, preferem entrar para o grupo criminoso a fim de ganhar dinheiro ‘fácil’.

Rede de informantes
O delegado explica que para facilitar fugas e mudança de locais a quadrilha mantém informantes em vários locais. “Ao cumprir buscas e apreensão em uma das salas que eles haviam alugado, alguém travou o elevador que nós estávamos. Os golpistas foram informados e acabaram fugindo por outro elevador”, ressaltou.

Sobre o número de vítimas, o delegado diz que é imensuráveis, pois muitas vítimas são humildes de não denunciam. “É um golpe  que vem sendo aplicado desde 2019. Mas a maioria não procura a polícia, porque acredita que não terá o dinheiro de volta”. Outras quadrilhas, segundo a Polícia,  agem também da mesma forma em outros municípios e já fez vítimas, além da Capital, em Três Lagoas, Dourados e Naviraí.

Alerta

A Polícia alerta que  antes de fechar qualquer negócio a pessoa deve pesquisar sobre a empresa na página do Banco Central. “Não há financiamento que exige pagamento para receber. Carta de crédito contemplada não existe”.

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