A Receita Federal do Brasil e a Polícia Federal deflagraram, na manhã desta quarta-feira (12), a Operação Porto Seco, para desarticular um esquema milionário de contrabando e descaminho que atuava nas cidades de Dourados e Douradina, no sul de Mato Grosso do Sul. Segundo as investigações, a quadrilha movimentava cerca de R$ 8 milhões por mês com o transporte de cigarros paraguaios, somando aproximadamente R$ 100 milhões nos últimos doze meses.
A investigação teve início em outubro deste ano, após a prisão em flagrante de um homem que transportava grande quantidade de cigarros contrabandeados vindos de Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha de Ponta Porã. O carregamento seria descarregado em um distrito de Douradina, onde imóveis eram utilizados como entrepostos clandestinos para carga e descarga das mercadorias ilegais.
De acordo com a Polícia Federal, o grupo mantinha uma estrutura logística complexa, composta por motoristas, olheiros e responsáveis pelo armazenamento. A organização funcionava como um elo entre o Paraguai e o interior paulista. Após deixar Mato Grosso do Sul, os produtos eram reembarcados rumo a São Paulo, principal destino das cargas, o que deu origem ao nome da operação.
Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pela 2ª Vara Federal de Dourados e têm como objetivo reunir provas sobre a participação de outros envolvidos e o fluxo financeiro da quadrilha. O crime de contrabando, previsto no artigo 334-A do Código Penal, prevê pena de reclusão de dois a cinco anos, além de sanções administrativas aplicadas pela Receita Federal.
Confira as redes sociais do O Estado Online no Facebook e Instagram
Leia mais
Mulher é agredida após cobrar conserto de carro emprestado, em Dourados