Mulher pagou trio para matar médico e apagar provas envolvendo estelionato

Foto: Osvaldo Duarte/Dourados News
Foto: Osvaldo Duarte/Dourados News

“Tem a mente criminal bem aguçada”, diz delegado sobre a mentora do crime, que devia R$ 500 mil a vítima

Em coletiva de imprensa na terça-feira (8), a Polícia Civil de Dourados apontou a linda de investigação aonde a suspeita de participar do assassinato do médico Gabriel Paschoal Rossi, 29, teria participação com a vítima em esquema de estelionato através de cartões bancários e fraudes de documentos.

De acordo com o chefe do SIG (Setor de Investigações Gerais), delegado Erasmo Cubas, a investigação mostra que a mulher orquestrou o assassinato contratando o trio enolvido no crime pelo valor de R$ 150 mil, sob a missão de matar o profissional de saúde e eliminar as provas existentes contra ela no aparelho de telefone celular dele.

Os outros três suspeitos do crime revelaram que receberiam R$ 50 mil cada, mas receberam apenas R$ 20 mil para devirem. O policial relatou ter colhido depoimento dos três homens – ainda falta o da suspeita, mas afirmou que todas as oitivas possuem coerência em relação ao apresentado até agora.

Cubas disse que a suposta autora “tem a mente criminal bem aguçada” e ela era o único elo entre Gabriel e o esquema fraudulento a que era cobrada. Foi descoberto que Gabriel estaria cobrando uma dívida dela de aproximadamente R$ 500 mil a ela.

Crime

Em relação ao crime, Erasmo Cubas afirmou que o grupo chegou a Dourados e embarcou para o Paraguai, onde compraram duas armas de Airsoft e retornaram. Ao chegar no município, marcaram um encontro na casa localizada na Vila Hilda, onde o crime foi consumado.

Lá, o médico forneceria ao suspeito, um suposto contato para aquisição de entorpecentes. Já rendido, o médico foi amarrado e enforcado com um fio.

“Há tentativa de reagir, mas é ele agredido com a arma e uma [pancada] pega no pescoço e a vítima desmaia. [Os suspeitos] Esperam mais alguns segundos o enforcando deixando sem respiração e acreditam que consumaram o crime, saindo do local”, disse o delegado.

Durante a coletiva de imprensa, o delegado esclareceu que o médico formado na UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) ficou por aproximadamente 48h agonizando antes de morrer. Gabriel morreu por asfixia e estrangulamento, segundo a perícia.

A polícia apurou que a intenção era deixar o corpo do médico Gabriel Rossi dentro da casa locada por ela na Vila Hilda, em Dourados, durante os 15 dias de contrato no imóvel. O negócio foi fechado via aplicativo.

Dívida 

De acordo com Cubas, o que chegou aos acusados através da suposta autora era que estariam sendo contratados pelo ‘chefe do esquema’, identificado apenas como Luís, para matar o médico. Acesse também: Operação da Polícia Federal no Camelódromo fecha banca de produtos eletrônicos

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