Uma mulher ainda não identificada, com idade aproximada de 40 anos, encontrada morta na tarde dessa quarta-feira (3) às margens da BR-262, na região do anel viário de Campo Grande, pode ser a 38ª vítima de feminicídio no Estado, em 2025. A vítima apresentava um tiro na cabeça e outro no ombro, conforme as primeiras informações levantadas pela Polícia Civil.
O corpo foi descoberto por uma pessoa que passava pelo local e que percebeu a mulher caída em meio à vegetação próximo à rodovia. A testemunha acionou a Polícia Militar, que isolou a área até a chegada das equipes do Corpo de Bombeiros. Quando os socorristas chegaram, a vítima já não tinha sinais de vida.
De acordo com o delegado Gabriel Desterro, da 7ª Delegacia de Polícia Civil, a mulher foi morta por, no mínimo, dois disparos de arma de fogo. “Um na cabeça e um no ombro, com saída na axila. Não localizamos projétil nem cápsula”, afirmou. Ele também explicou que, pela posição e pelas condições do local, a execução provavelmente ocorreu ali mesmo. “Se fosse para desovar o corpo, teriam jogado mais abaixo, na ribanceira. Acreditamos que o crime tenha ocorrido aqui”, disse.
O delegado destacou ainda que a morte havia acontecido recentemente. Sem câmeras de segurança nas proximidades, não foi possível definir o horário exato, mas os sinais no corpo indicavam menos de 12 horas desde o crime. “Talvez entre 4 e 6 horas. O corpo estava pouco rígido. E como o dia esteve claro o tempo inteiro, isso ajuda na estimativa”, apontou. A polícia foi acionada por volta das 14h.
A vítima usava um vestido florido e foi encontrada no lado direito da pista, no sentido Indubrasil, a cerca de 300 metros da Pedreira São Luís. O corpo foi encaminhado ao Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal), onde passará por exame necroscópico. A perícia realizou os levantamentos no local, e o caso ficará sob investigação da Polícia Civil.
Segundo o delegado, a hipótese inicial de feminicídio foi considerada a mais provável devido às circunstâncias do crime e à ausência de sinais de roubo. A mulher estava com aliança, cordão e outros pertences, além de não apresentar marcas de defesa. “Estamos trabalhando com essa linha inicial por ser a mais plausível pelas circunstâncias da morte, mas não há nada concreto”, destacou. Caso confirmado, o crime poderá integrar as estatísticas de feminicídios que continuam a crescer no estado ao longo do ano.
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