Mulher é morta a facadas após briga com companheiro em Maracaju; MS já soma 16 feminicídios em 2025

Foto: Divulgação/Polícia Civil
Foto: divulgação/Polícia Civil

Doralice da Silva, de 42 anos, foi brutalmente assassinada a facadas dentro de casa, na noite dessa sexta-feira (20), em Maracaju, cidade a 159 quilômetros de Campo Grande. O principal suspeito do crime é seu companheiro, Edemar Santos Souza, de 31 anos, com quem ela havia discutido momentos antes da morte. Ele se apresentou à polícia na manhã deste sábado (21) e negou a autoria do assassinato. Com a morte de Doralice, Mato Grosso do Sul registra 16 feminicídios em 2025.

De acordo com vizinhos, por volta das 22h30, o casal começou uma discussão na residência localizada na Rua dos Pereiras, na Vila Juquita. Cerca de meia hora depois, os gritos cessaram e Edemar foi visto saindo pela porta da frente da casa, empurrando uma carriola em direção ao Bairro Nenê Fernandes. Às 23h15, a filha da vítima chegou ao local e encontrou a mãe caída no quarto, coberta de sangue e já sem vida.

A Polícia Militar foi acionada e rapidamente isolou a cena do crime, aguardando a chegada da perícia criminal e da Polícia Civil. Segundo o boletim de ocorrência, o casal era conhecido pelos vizinhos por protagonizar brigas frequentes, mas Doralice nunca formalizou denúncias ou solicitou medidas protetivas contra Edemar.

A investigação revelou ainda que a vítima havia possuído medida protetiva contra um ex-marido, mas o relacionamento havia terminado há mais de um ano e não havia mais contato entre eles. Já Edemar tinha histórico de violência familiar, tendo sido alvo de medida protetiva solicitada por sua própria mãe, embora a decisão já estivesse extinta.

Na manhã deste sábado (21), por volta das 6h, Edemar se apresentou espontaneamente no quartel da Polícia Militar da cidade, afirmando que soube que estava sendo apontado como o autor do feminicídio. Em depoimento inicial, negou envolvimento e disse que, no dia do crime, ele e Doralice haviam saído juntos de moto para ir ao mercado, mas retornaram para casa após um pequeno acidente.

Segundo o suspeito, ao chegarem à residência, houve uma discussão que terminou no rompimento do relacionamento. Ele alegou ainda que, ao voltar para casa, havia um homem desconhecido no local, que teria chegado em um carro prata, um Volkswagen Gol, e o ajudado a recolher seus pertences, os quais foram levados em uma carriola. Edemar afirmou que essa terceira pessoa permaneceu com Doralice após sua saída.

O homem informou que câmeras de segurança de vizinhos poderiam confirmar sua versão dos fatos e que, após deixar o local, seguiu para a casa de uma tia, nas proximidades do Cras da Vila Margarida.

A Polícia Civil de Maracaju segue investigando o caso, ouvindo testemunhas e analisando imagens de segurança da região. A filha da vítima, uma vizinha e a irmã de Doralice já prestaram depoimentos e relataram que ela havia sido orientada a procurar ajuda devido ao comportamento agressivo de Edemar, mas nunca formalizou uma denúncia.

 

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