Willian Rodrigues de Oliveira Júnior, de 20 anos, morreu subitamente após passar mal em frente a própria residência, na Rua Fenix, da Vila Aimoré, em Campo Grande. As informações preliminares são de que momentos antes de sua morte, o jovem havia consumido bebida alcoólica e fumava narguilé.
De acordo com o Boletim de Ocorrência, o tio da vítima relatou que o jovem chegou em casa após ter trabalhado o dia todo. Após o expediente, decidiu tirar um momento para beber e fumar. Foi quando teve um mal súbito, na frente da residência.
Ele chegou a ser socorrido por familiares, que acionaram o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). Ao chegarem no local, socorristas realizaram manobras de RCP (Ressuscitação cardiopulmonar), que duraram cerca de 35 minutos. Entretanto, sem resposta ao estímulo, o jovem veio a óbito às 14h45.
O tio da vítima relatou aos agentes da Depac/Cepol (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) que desconhecia outros fatores que podem ter ocasionado o mal súbito, além do hábito de consumo de álcool e fumo por parte do jovem. Ainda não foi divulgada a informação de que a vítima era portadora de alguma doença cardiorespiratória.
O corpo do jovem foi encaminhado ao IMOL (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) e passará por exame necroscópico. O caso foi registrado como morte a esclarecer, na Depac/Cepol.
Narguilé e seus efeitos
O Narguilé, também conhecido como cachimbo d’água, shisha ou Hookah, é um dispositivo para fumar no qual uma mistura de tabaco é aquecida e a fumaça gerada passa por um filtro de água antes de ser aspirada pelo fumante, por meio de uma longa mangueira.
Por utilizar mecanismos de filtro, o consumo de narguilé é visto como menos nocivo à saúde. Entretanto, de acordo com o Manual de Combate ao Fumo do Inca (Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva), revela que a literatura científica aponta que o uso de narguilés é mais prejudicial que o de cigarros.
Os estudos apresentados no manual também apontaram que o uso de narguilé, após 45 minutos de sessão, acarreta elevação das concentrações plasmáticas de nicotina, e monóxido de carbono expirado e dos batimentos cardíacos.
Durante o consumo, também ocorre maior exposição a metais pesados, altamente tóxicos e de difícil eliminação, como o cádmio.
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