Grupo é alvo de 27 tiros durante pescaria em fazenda e caso mobiliza polícia em Campo Grande

Foto: divulgação
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Seis pessoas viveram momentos de tensão na noite desea segunda-feira (13), em Campo Grande, após serem alvo de pelo menos 27 disparos de arma de fogo enquanto pescavam em uma represa nos fundos de uma fazenda, próxima ao acampamento Egídio Brunet, no Jardim Corcovado. O caso mobilizou diversas equipes da Polícia Militar e segue sob investigação.

De acordo com informações da PM, a Força Tática foi acionada por volta das 20h para atender a uma ocorrência nas proximidades do chamado “porto seco”, região que fica próxima à uma antiga fábrica de refrigerantes. No local, os policiais encontraram uma mulher que relatava o desaparecimento de seu sobrinho e de outros cinco amigos, que haviam saído para pescar e não retornaram.

Durante as diligências, uma das vítimas foi localizada e relatou que o grupo já havia sido advertido anteriormente por dois homens em uma motocicleta, que ordenaram que deixassem o local. Pouco tempo depois, uma caminhonete com quatro ocupantes teria se aproximado e efetuado cerca de 17 disparos em direção ao grupo, forçando-os a fugir pela mata. Com apoio de outras viaturas e do coordenador do acampamento sem-terra, que relatou ter ouvido os tiros e gravado parte da ação, os policiais conseguiram informações de que algumas vítimas teriam corrido para dentro da propriedade rural. Diante disso, os militares arrombaram o cadeado da fazenda para investigar.

No local, o proprietário da fazenda admitiu aos policiais ter efetuado disparos com uma pistola registrada. Segundo ele, os tiros foram dados após sua esposa informá-lo sobre a presença de pessoas perto da represa. O homem afirmou ter disparado 17 vezes para o alto, na direção da represa e da mata. Mais tarde, retornou ao local e efetuou outros 10 tiros. Ele foi conduzido à delegacia para prestar esclarecimentos.

Por volta das 23h, a mulher que havia acionado a polícia informou que os cinco jovens que estavam desaparecidos conseguiram retornar. Nenhum deles apresentava ferimentos. Eles contaram que haviam pulado uma cerca para pescar e não sabiam que estavam em uma propriedade privada. Com os disparos, o grupo se separou na mata e só conseguiu se reunir horas depois.

O representante do acampamento Egídio informou ainda que os invasores não são acampados. “Disseram que seriam os próprios acampados que invadiram, mas não foram. Esses jovens vieram do Bairro Dom Antônio, atravessaram pelo Porto Seco e entraram na fazenda. Se fossem acampados, seriam expulsos, porque o acampamento não aceita esse tipo de atitude”, concluiu.

O caso foi registrado e será investigado para apurar possíveis crimes, como disparo de arma de fogo em via pública e invasão de propriedade privada. Até o momento, ninguém foi preso. A Polícia Civil deve ouvir os envolvidos nos próximos dias.

 

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