Funcionários da mesma empresa são investigados em esquema do atestado falso

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Foto: Divulgação/Polícia Civil

Pelo menos três funcionários de uma padaria de Dourados, estão sendo investigadas pela Polícia Civil, suspeitas de terem apresentado atestados médicos falsos para conseguir alguns dias de ‘folga’ no município a aproximadamente 228 quilômetros de Campo Grande.

Segundo Dourados News, na sexta-feira passada (16), uma médica de 27 anos, que trabalha na Unidade Básica de Saúde Bianor Alves da Silva, a Seleta, Jardim Flórida I, teve três atestados apresentados em seu nome.

A suspeita chegou a usar o número de registro profissional do CRM-MS (Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul) da médica em três atestados falsos. Desconfiada, a proprietária da padaria onde a funcionária estava vinculada levou os papeis até a Seleta para averiguar a procedência dos documentos.

Os funcionários do setor de recepção da unidade básica de saúde buscaram os registros das supostas consultas em sistema, o que comprovou que a funcionária havia inventado e feito uma colagem de outro documento para usar a assinatura da médica Bianca.

Após o primeiro caso denunciado, mais duas médicas do sistema público municipal de saúde procuraram a polícia para denúncias com relatos de mais casos.

Embora os nomes das médicas e unidades básicas de saúde sejam diferentes da primeira denúncia, os atestados falsificados foram apresentados no setor de Recursos Humanos da mesma padaria, envolvendo dois funcionários e um ex-funcionário.

Uso de documento falso é crime

Segundo o delegado de Polícia Civil do 1º Distrito Policial de Dourados, Demerval Neto, um inquérito foi instaurado na manhã desta segunda-feira (19), iniciando as investigações.  “As pessoas muitas vezes pensam que não existe consequência para este tipo de crime, mas está previsto pelo Código Penal”, disse.

Os trabalhadores são acusados por crime tipificado como “uso de documento falso” e se condenados podem pegar de um até cinco anos de prisão, previsto no artigo 304 do Código Penal.

O delegado explica ainda que, como as investigações estão apenas no início, não são descartadas hipóteses como o envolvimento de pessoas que estariam, por exemplo, falsificando atestados para obtenção de lucros.

“Por enquanto não temos este tipo de suspeita, pois observamos que [os atestados] estavam mal falsificados, contendo inclusive diversos erros, como na classificação da suposta doença”, completou o delegado. Acesse também: Criança é internada com suspeita de febre maculosa em Campo Grande

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