Feminicídio: mulher é morta por marido na frente da filha

dp terenos
Foto: reprodução/Sejusp

Uma mulher identificada como Adriana de Moraes Lima, de 34 anos, foi morta a tiros na manhã do último domingo (30) em Terenos, cidade a 23 quilômetros de Campo Grande. O autor do crime foi o próprio marido da vítima, Claudinei dos Santos, de 42 anos, que se matou após contra a esposa.

A filha do casal, uma adolescente de 13 anos presenciou todo crime. De acordo com as informações da polícia, a menina ainda teria tentado impedir o pai de cometer o crime. Segundo o boletim de ocorrência, a polícia foi acionada pela jovem.

Ela contou que os pais estavam em processo de separação e que no domingo pela manhã, a família saiu de casa, no centro de Terenos e foram até a fazenda onde o homem trabalhava, para que Adriana buscasse algumas roupas que havia deixado no local. Ao chegarem, os dois começaram a discutir, momento em que Claudinei, em posse de uma espingarda calibre 22, realizou ameaças contra Adriana, dizendo que se ela não ficasse com ele não ficaria com mais ninguém.

O homem fez primeiro um disparo para o alto e depois mirou na vítima. A filha do casal entrou na frente da mãe para evitar que o pai atirasse, sem sucesso. Após matar Adriana, Claudinei atirou contra a própria cabeça.

O caso foi registrado como feminicídio seguido de suicidio, e é investigado pela Polícia Civil de Terenos.

Serviço

Feminicídio é o assassinato de uma mulher por questões de gênero; ou seja, quando a vítima é mulher e quando o crime envolver (I) violência doméstica e familiar ou (II) menosprezo ou discriminação à condição de mulher.

Feminicídio por violência doméstica e familiar (também chamado de “feminicídio íntimo”) é quando o crime decorre da violência doméstica, na maioria das vezes praticada em âmbito familiar, por alguém conhecido, com quem a vítima possui ou possuía uma relação afetiva, em razão da perda do controle sobre a mulher, da propriedade que o agressor julgava ter sobre a mulher; o feminicídio por menosprezo ou discriminação é aquele que resulta da misoginia – que é o ódio ou aversão a mulheres, aversão a tudo que é feminino e, muitas das vezes, é precedido por violência sexual, mutilação e desfiguração da mulher.

Disque 180

O Disque-Denúncia, criado pela Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM), permite denunciar de forma anônima e gratuita, disponível 24 horas, em todo o país. Os casos recebidos pela central chegam ao Ministério Público.

Disque 100

Para casos de violações de direitos humanos, o Disque 100 é um dos meios mais conhecidos. Aliás, as denúncias podem ser feitas de forma anônima para casos de violações de direitos humanos.

Acesse as redes sociais do O Estado Online no Facebook Instagram.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *