O ex-goleiro do Flamengo, Bruno Fernandes das Dores recebeu um parecer favorável da Justiça do Rio de Janeiro que concedeu liberdade condicional por bom comportamento. Em 2010, Bruno foi condenado a 20 anos e 9 meses de reclusão pelo assassinato e desaparecimento do corpo da modelo e sua ex-namorada, Eliza Samúdio.
A decisão foi determinada na última quinta-feira (12) pela juíza da Vara de Execuções Penais, Ana Paula Filgueiras, e foi divulgada neste sábado (14).
“Não existe impedimento concreto à concessão do livramento condicional ao apenado, na medida em que ele preenche o requisito objetivo necessário desde 10/04/2022, conforme cálculo do atestado de pena atualizado. Quanto ao mérito, o apenado desempenhou atividades laborativas após a concessão da progressão de regime e cumpriu regularmente as condições da prisão domiciliar, valendo destacar que não há novas anotações na Folha de Antecedentes Criminais (FAC)”, diz trecho da decisão.
Ministério Público do Rio de Janeiro tinha se manifestado contrário ao benefício e solicitou à Justiça a elaboração de exame criminológico, contudo, a juíza Ana Paula Filgueiras indeferiu o pedido, citando a decisão que autorizou regime semiaberto para Bruno, em 2019.
“O apenado cumpre pena em prisão domiciliar desde 2019, conforme decisão proferida pelo Juízo da Execução da 1ª Vara Criminal e de Execuções Penais da Comarca de Varginha (MG). Tendo em vista que o apenado retornou ao convívio social há mais de três anos, indefiro a elaboração de exame criminológico e passo a analisar o pleito de livramento condicional levando em conta o comportamento do apenado durante a prisão domiciliar”.
Ao conceder a liberdade condicional, a juíza determinou que Bruno compareça a cada três meses ao Patronato Magarino Torres para assinar o boletim de frequência e manter informados e atualizados seu endereço e suas atividades. O primeiro comparecimento deverá ocorrer 30 dias após sua efetiva libertação.
Eliza Samúdio desapareceu em 2010, aos 25 anos, e foi considerada morta pela Justiça, três anos depois Bruno foi condenado a 22 anos e três meses de prisão pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, sequestro e ocultação de cadáver.
Durante o relacionamento, Bruno e Eliza Samúdio tiveram um filho que atualmente mora com a avó em Mato Grosso do Sul. Na época em que o crime ocorreu, Bruno não reconhecia a paternidade. Somente dois anos depois, após sentença publicada pela Justiça do Rio, o jogador do Atlético Carioca, de São Gonçalo, se tornou legalmente pai da criança.
Em agosto do ano passado, a 1ª Vara da Família, da Infância, da Juventude e do Idoso de Cabo Frio, cidade que fica na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, expediu um mandado de prisão ao goleiro Bruno por não pagar pensão alimentícia do filho.
Em maio do mesmo ano, Bruno já havia tido a prisão decretada pela Justiça de Mato Grosso do Sul. Na ocasião, a Polícia Civil em Angra dos Reis, cidade onde era registrado o endereço do jogador, não realizou a prisão. Os atrasos ocorrem desde janeiro de 2020.
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