Dayane Garcia, de 34 anos, morreu na noite dessa quarta-feira (3), em Campo Grande, após permanecer 77 dias internada em decorrência de um atentado cometido pelo próprio companheiro, no dia 18 de junho, em Nova Alvorada do Sul, a 116 quilômetros da Capital. A morte dela eleva para 25 o número de vítimas de feminicídio em Mato Grosso do Sul somente em 2025.
O crime aconteceu na residência do casal, localizada no bairro Jaime Medeiros. Dayane foi atingida por disparos de arma de fogo no pescoço e na cabeça. Socorrida pelo Corpo de Bombeiros, foi transferida em estado grave para um hospital da Capital, onde permaneceu internada até ontem, quando não resistiu aos ferimentos.
O autor dos disparos foi o vigilante Eberson da Silva, que, logo após o ataque, tirou a própria vida.
Histórico de violência
O caso expôs um ciclo de agressões que já havia sido denunciado. Em fevereiro deste ano, Eberson foi preso depois de espancar e ameaçar de morte a companheira. Na ocasião, embriagado, ele chegou a afirmar: “Hoje acontece alguma coisa com você. Você vai ser mais uma vítima de feminicídio”.
Dayane buscou refúgio na casa da mãe, mas o homem a perseguiu. No local, após nova discussão, ele agrediu a vítima com puxões de cabelo e empurrões, chegando a derrubá-la no chão enquanto ela segurava o filho do casal no colo. Após o episódio, fugiu, mas acabou preso pela Polícia Militar.
Mesmo assim, meses depois, já em liberdade, ele cumpriu a ameaça feita à companheira, disparando contra ela na noite de 18 de junho.
Com a morte de Dayane, Mato Grosso do Sul já soma 25 casos de feminicídio em 2025. No mesmo período do ano passado, foram 23 registros. Ao longo de 2024, 35 mulheres perderam a vida em crimes motivados por violência doméstica, de acordo com dados da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Estado).
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