Cinco pessoas foram presas nos dias 16 e 17 deste mês, após investigação da Polícia Civil sobre uma quadrilha que furtava carros estacionados na região central de Campo Grande. Entre os presos, três deles, já cumpriam pena no regime semi-aberto, no sistema prisional, por crimes contra o patrimônio.
Ao O Estado Online, o delegado da Defurv (Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos), Caio Macedo, explicou a forma que os bandidos agiam.
“Foram roubados pelo menos cinco veículos nas últimas semanas. O grupo agia em locais onde os donos deixavam o carro estacionado por muito tempo, por exemplo, em frente a Santa Casa, onde prendemos um dos suspeitos. Ali, vários carros ficam tempos parados, por conta de ser área hospitalar e familiares que acompanham pacientes deixam seus carros pelo local. O que facilitava a ação criminosa”, disse Caio Macedo.
Investigação
O delegado Caio Macedo afirma que as investigações partiram de informações obtidas pela polícia a respeito de carros que estariam sendo guinchados sem autorização dos proprietários.
Após alguns donos flagrarem a ação e impedirem que seus carros fossem guinchados, começou, então, uma ação de campana em determinados locais. A operação que aconteceu na região do maior hospital do estado, a Santa Casa de Campo Grande, flagrou um homem acompanhando a retirada e transporte de um veículo que, segundo a polícia, seria furtado.
Na ação, durante acompanhamento da polícia ao caminhão guincho, descobriu-se para onde ele seria levado. Um homem que acompanhava a ação foi questionado pelos policiais e confessou o crime.
Em outro endereço, outro comparsa já estava a espera do veículo, fruto do roubo. Ele também foi preso em flagrante e confessou participação no esquema criminoso. A partir desses dois primeiros presos, os policiais descobriram outros três envolvidos que cumpriam pena no semi-aberto.
Ao saber que os envolvidos já eram do sistema prisional, a polícia realizou pente fino nas celas e encontrou celulares que eram usados na comunicação dos presos com os operadores do crime na rua e que executavam as ordens que partiam de dentro do presídio.
Após as prisões as investigações continuam e o objetivo da polícia é de encontrar novas vítimas e outros possíveis participantes da quadrilha. Se condenados os bandidos responderão por furto qualificado e organização criminosa.