Pornografia e objetificação das mulheres

(Reprodução: Estado Play)
(Reprodução: Estado Play)

Entrevistada do jornal O Estado de Mato Grosso do Sul, a psicóloga Juliana Del Grossi participou de um bate-papo ao vivo para as nossas plataformas digitais. Ela veio falar sobre pornografia e a objetificação da mulher.

Em 2020, com a pandemia de COVID-19, o número de acessos a sites pornográficos aumentou em 600%, segundo a empresa americana de software de segurança, Netskope. Segundo Juliana, pessoas que consomem conteúdos pornográficos criam um estereótipo e um ideal do ato sexual totalmente distinto da realidade, e elas querem reproduzir o que consomem dentro de seus relacionamentos.

“Isso pode gerar inúmeros problemas. A maior parte do corpo masculino ou feminino não é aquele estampado nos filmes. Os filmes são rápidos e produzem prazer muito rápido” comenta Del Grossi.

O uso excessivo da pornografia afeta a saúde física e mental. Além disso, pode acarretar a perda de memória, TOC (transtorno obsessivo e compulsivo), déficit de atenção, ocasionando também, problemas sociais e conjugais. “A pornografia é resultado dessa objetificação da mulher como objeto sexual” diz ela.

A objetificação da mulher em filmes, redes sociais e nas letras de música tem se tornado cada vez mais presente. Cantores e influenciadores digitais auxiliam direta ou indiretamente na sexualização e na busca pelo padrão de beleza imposto pela sociedade. Ela diz que diferente dos homens, as mulheres ainda estão na busca pelo mesmo padrão e valorização.

“A nossa sociedade está caminhando para esse extremo, aonde se valoriza mais o peito e a bunda de uma mulher do que o intelecto” diz a psicóloga.

Veja mais no bate-papo conduzido pelo jornalista Rafael Belo, transmitido em nossas plataformas digitais.

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