A polícia segue com as investigações em torno da morte de Eliston Aparecido Pereira da Silva, de 51 anos, executado na última sexta-feira (16), por pistoleiros, no momento em que saia de casa, no município de Dourados, a 228 quilômetros de Campo Grande. O delegado do SIG (Setor de Investigação Geral), Erasmos Cubas, disse em coletiva na manhã de hoje (19), que a ordem de execução veio do Paraguai.
Ainda segundo o delegado, as investigações partiram de informações fornecidas pela esposa da vítima, que relatou que o homem sofria ameaças, devido ao envolvimento com o tráfico. Ele havia retornado a Dourados há pouco tempo, após passar uma temporada escondido.
As investigações apontam que pelo menos cinco pessoas estão ligadas no planejamento e execução do criem, dentre elas, estrangeiros e ligados ao tráfico de drogas. Esses suspeitos teriam passado ao menos uma semana em Dourados, hospedados em locais diferentes, planejando a execução.
No veículo utilizado pelos suspeitos, a polícia encontrou fita, abraçadeiras, alicates e escada, o que indica a possibilidade de um plano de sequestro e tortura para Eliston. Durante o atentado, houve troca de tiros entre a vítima e os pistoleiros, indicando pelo menos 25 a 30 disparos.
Logo após a execução, os suspeitos teriam fugido e se escondido entre Nova Alvorada e Campo Grande. Após isso, eles tentaram embarcar em um ônibus para São Paulo. A prisão foi feira no sábado (17), pela Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, por meio do SIG (Setor de Investigações Gerais) de Dourados, com apoio da Dracco, PRF, e Polícias Militar e Civil de São Paulo.
Dois suspeitos do assassinato de Eliston foram identificados como Igor Francisco Ortiz, de 23 anos, e Fábio Armindo Cabral, de 33. Outro envolvido foi baleado pela vítima, e a polícia suspeita que ele tenha ido buscar socorro no Paraguai, mas a polícia relata que todos os suspeitos já foram identificados
“Foram contratados no Paraguai, para poder vir a Dourados depois que descobriram o paradeiro da vítima, e executar a vítima. Desses envolvidos, três deles eram de origem paraguaia, para um acerto de contas referente ao tráfico de entorpecentes”, disse o delegado.
Eliston teria causado ‘desfalques’ durante tráfico de drogas, e se negou a arcar com o prejuízo dos entorpecentes apreendidos, a aproximadamente um ano. Ele também já havia sido preso anteriormente.