Santa Casa retoma atendimentos e cirurgias eletivas

Santa Casa fogo
Foto: Claudemir Candido

Santa Casa de Campo Grande anunciou o retorno dos atendimentos ambulatoriais e cirurgias eletivas a partir desta terça-feira (09). Os atendimentos estavam suspensos desde a última semana devido a impasses contratuais entre a instituição e a prefeitura da Capital.

O retorno dos atendimentos foi possibilitado após a prefeitura de Campo Grande assinar um termo aditivo ao contrato de 2021, apresentado pela direção da Santa Casa, contudo, a instituição destaca que é preciso aguardar a publicação da portaria no Diogrande (Diário Oficial) para que os valores sejam repassados à Santa Casa e assim pagar a folha de pagamento dos servidores.

Na tarde de ontem (8), profissionais da saúde que atuam na instituição, decidiram em assembleia geral do Siems (Sindicato dos Trabalhadores na Área de Enfermagem de Mato Grosso do Sul) paralisar as atividades até que o salário do mês de julho seja pago. Com isso, a instituição atua com 30% do quadro de enfermeiros.

Em nota, a SantaCasa comunicou que os profissionais celetistas ainda não receberam a folha do mês de julho por questões burocráticas.

“Todas as questões internas para o processamento da folha de julho estão prontas desde a última sexta-feira, dia 5/8, aguardando apenas os recursos necessários”, destaca a nota.

Impasse

a Santa Casa suspendeu na última quinta-feira (04), por prazo indeterminado, os atendimentos ambulatoriais sem urgência e cirurgias eletivas, devido ao desabastecimento de insumos do hospital.

Desde abril a instituição e o Executivo Municipal tentam solucionar um impasse sobre valores presentes na renovação de contrato de prestação de serviço, pois de acordo com a Santa Casa não há reajuste desde 2019, o que gera defasagem em relação aos serviços prestados, compra de insumos e pagamento de servidores.

O hospital argumentou falta de recursos como medicamentos, gaze, soro e outros produtos hospitalares essenciais. Os atendimentos sem urgência foram suspensos, pois de acordo com a Santa Casa, os insumos seriam suficientes para apenas 15 dias de funcionamento.

Já a prefeitura alega que durante a reunião ocorrida no dia 27 de julho, apresentou proposta de repasse financeiro de mais de R$ 1 milhão por mês, o que elevaria o valor do contrato para R$ 26 milhões. De acordo com a prefeitura, a Santa Casa apresentou uma contraproposta de R$ 12,8 milhões de acréscimo por mês, o que foi recusado. Já o hospital alegava que a proposta recebida é onerosa e que não trazia benefícios para a Santa Casa.

Ao todo, foram cinco dias de paralisação das cirurgias eletivas e três para o atendimento ambulatorial.

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Com informações da repórter Carolina Rampi.

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