Município estuda escalonar horário de entrada dos alunos da Reme
A opção encontrada pela Prefeitura de Campo Grande, sobre o escalonamento nos horários de entrada dos alunos de algumas escolas da Reme (Rede Municipal de Ensino), tem causado estranhamento para a população, além de dúvidas se a demanda do transporte conseguirá suprir a necessidade de três horários diferentes para a entrada dos estudantes.
De acordo com o afirmado pela prefeita Adriane Lopes (Patriota), o projeto já está em andamento e o intuito, de fato, é desafogar e diminuir a superlotação do transporte coletivo nos horários de pico. Com a mudança, os horários de entrada seriam: 7h, 7h15 e 7h30, com os horários de saída, respectivamente.
Além disso, foi citado, pelo presidente da Comissão Permanente de Transporte e Trânsito na Câmara Municipal, o vereador Coronel Villasanti (União Brasil), a possibilidade de escalonamento também dos horários do comércio e indústria, para também melhorar a questão do fluxo de trânsito na cidade.
De acordo com o presidente da CDL (Câmara de Dirigentes Logistas), Adelaido Vila, essa questão precisaria ser estudada, levando em consideração vários pontos. Desde a situação dos pais, que trabalham no comércio e dependem do transporte coletivo para levar os filhos à escola e depois seguir para suas atividades trabalhistas.
“O comércio no geral, já abre às 8h, que é uma hora depois do horário que os alunos entram na escola, e aquele pai que precisa estar esse horário no trabalho, como será isso? Outro ponto importante é que antes das 8h30 quase não tem movimento no centro da Capital, então, se parar para analisar, o horário já é diferente. Essas iniciativas, por parte da prefeitura, são muito importantes, mas é preciso verificar se atende a todos os usuários”, disse Adelaido.
Dona Neusa Maria, 65 anos, não é usuária do transporte coletivo com frequência, mas convive com diversas pessoas que vão de ônibus para as principais atividades do dia a dia. Ela cita que acredita que isso pode melhorar, desde que tenha ônibus para suprir os horários.
“Conheço muita gente que reclama principalmente da superlotação e da baderna desses alunos dentro do ônibus, não deixam sentar aqueles que trabalharam o dia todo. Eu penso que, se realmente der certo, pode melhorar muito a vida das pessoas que andam de ônibus”, completa Neusa.
Por Camila Farias – Jornal O Estado de Mato Grosso do Sul.
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